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Dossiê mostra alto índice de violência contra a mulher no Rio

Dossiê mostra alto índice de violência contra a mulher no Rio

Pela primeira vez foram analisados crimes como a prática de stalking (ato de perseguir alguém incessantemente, independente do meio utilizado) e violência psicológica
Os dados da 17ª edição do Dossiê Mulher foram apresentados nesta quarta-feira (8/3), em cerimônia realizada no Palácio Guanabara. Desta vez constam no documento informações inéditas sobre as principais formas de violência sofridas pelas mulheres no Estado do Rio. O relatório analisou crimes como feminicídio e violência sexual, além do levantamento inédito dos crimes de stalking (ato de perseguir alguém incessantemente, independente do meio utilizado) e de violência psicológica.

Só no ano de 2021, 604 mulheres foram vítimas de perseguição, sendo que 90% dos casos foram praticados por companheiros ou ex-companheiros das vítimas e cerca de 60% das ocorrências aconteceram dentro de casa.

- No nosso governo criamos a Secretaria da Mulher, que atua de forma transversal, coordenando as políticas públicas voltadas para a mulher. O objetivo é fazer um trabalho envolvendo todas as áreas, como Saúde, Assistência Social e Segurança Pública, com programas que beneficiem o público feminino do nosso estado - disse o governador Cláudio Castro.

Participaram da cerimônia o vice-governador e secretário de Estado de Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, a primeira-dama Analine Castro, a secretária de Estado da Mulher, Heloisa Aguiar, e a diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP), Marcela Ortiz.

O Dossiê também destaca que a cada cinco minutos uma mulher foi vítima de algum tipo de violência no Estado. Além disso, mais de 18 mil registros de ocorrência relataram mais de uma forma de violência sofrida pela vítima, sendo ela ocasional, constante e até simultânea.

- Com os dados e números do dossiê apresentados, temos a base para traçar os caminhos, sempre atentos ao que está acontecendo em todos os cenários. Vamos dar voz, lutar, enfrentar e nos posicionar contra qualquer tipo de ameaça à mulher, porque todas merecem respeito e liberdade. O desafio é grande, mas seremos assertivos nesta pauta - garantiu Thiago Pampolha.

A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, destacou a importância de o stalking e a violência psicológica terem passado a ser considerados crimes a partir de 2021, ano do levantamento divulgado hoje.

- Os dados apresentados no Dossiê Mulher revelam a violência sofrida por milhares de mulheres no nosso Estado que puderam denunciar os seus agressores. Mas não podemos nos esquecer de tantas outras que sofrem em silêncio. Por isso a importância da criação de políticas públicas no combate a violência contra a mulher, que tem sido prioridade nesse governo. Estamos sempre buscando mudar a realidade dessas mulheres que tanto precisam de nós – ressaltou Marcela Ortiz.

Acordo de cooperação técnica entre o Instituto de Segurança Pública e a Secretaria de Estado da Mulher

Também durante a apresentação do Dossiê Mulher foi firmado um acordo de parceria técnica entre os dois órgãos do Governo do Estado. A parceria reforça o trabalho em conjunto das pastas, na atuação de políticas públicas eficazes no enfrentamento à violência contra as mulheres.

- O trabalho em conjunto com o ISP enfatiza a nossa responsabilidade na produção e aprimoramento de dados e indicadores de gênero. Queremos construir evidências para a qualificação de uma agenda pública eficaz sobre a temática no nosso Estado – explicou Heloisa Aguiar, secretária de Estado da Mulher.
 
O Dossiê Mulher pode ser acessado no site do Instituto de Segurança Pública pelo link http://www.isp.rj.gov.br/.

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