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Estado do Rio tem 24 casos confirmados de leptospirose este ano

Estado do Rio tem 24 casos confirmados de leptospirose este ano

Secretaria de Estado de Saúde alerta para risco da doença depois de enchentes
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta para o risco de leptospirose após as fortes chuvas que atingiram regiões do estado o Rio de Janeiro: pessoas que tiveram contato com a água ou lama de enchentes e que apresentarem febre associada a dores de cabeça ou a dores musculares devem procurar uma unidade de saúde. O objetivo do alerta é evitar casos graves e óbitos provocados pela doença, que tem sua incidência aumentada após alagamentos. Nos dois primeiros meses do ano, 24 casos e três óbitos pela doença já confirmados no estado. No mesmo período do ano passado, 71 casos foram notificados.

- A Secretaria de Estado de Saúde vem alertando as secretarias municipais de Saúde para intensificar a vigilância e a prevenção, orientando a população para adotar os devidos cuidados de higienização após as chuvas com uso de hipoclorito – alerta o secretário de estado de Saúde, Doutor Luizinho.

Os óbitos por leptospirose passam por análises para confirmação da causa. Além dos três óbitos confirmados no município do Rio, há um óbito em investigação em São Gonçalo. No ano passado, 32 óbitos foram confirmados. Os dados foram obtidos em 27 de fevereiro, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e estão sujeitos à revisão.

O que é a doença


A leptospirose é uma doença causada por uma bactéria, a leptospira, encontrada na urina contaminada de roedores. A doença é transmitida para os seres humanos pela exposição direta ou indireta à urina contaminada desses animais, que pode ser veiculada pela água em enchentes. A bactéria invade o organismo através de pequenas feridas na pele, nas mucosas ou na pele íntegra imersa por longo período em água contaminada.

A fase precoce da leptospirose dura aproximadamente de três a sete dias. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas, podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. A qualquer sinal desses sintomas, é importante procurar imediatamente um médico e relatar o contato com água, lama de enchente, esgoto ou água contaminada, para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível.

Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente também pode apresentar hemorragia, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória.

Cuidados preventivos que podem ser tomados:

- Evite o contato com água ou lama de enchentes ou esgotos. Impeça que crianças nadem ou brinquem nesses locais, que podem estar contaminados pela urina dos ratos.

- Após a água da enchente baixar, para retirar a lama e desinfetar o local, proteja-se com botas e luvas de borracha, evitando assim o contato da pele com água e lama contaminadas. Sacos plásticos duplos também podem ser amarrados nas mãos e nos pés.

- Para desinfectar a área atingida pela lama ou água da enchente, lave pisos, paredes e bancadas com água sanitária, na proporção de 2 xícaras de chá (400ml) desse produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.

- Tenha cuidado com os alimentos que tiveram contato com água de enchente. Alguns devem ser jogados fora, como frutas, legumes e verduras.

- Mantenha os terrenos baldios e as margens de córregos limpos e capinados. Evite entulhos e acúmulo de objetos nos quintais e nas telhas.

- Limpe a caixa d’água regularmente.

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