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Por dia, 83 pessoas idosas são vítimas de algum tipo de golpe no estado do RJ

Por dia, 83 pessoas idosas são vítimas de algum tipo de golpe no estado do RJ

Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade investiga os casos e orienta a como não cair nos golpes. Secretaria de Envelhecimento Saudável vai implementar o Disque-Idoso 
Dados inéditos divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) no Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa mostram que os estelionatos, popularmente conhecido como “golpes”, mais do que dobraram entre a população da terceira idade. Entre 2021 e 2022, esse crime aumentou 56,8% entre essa faixa etária – as vítimas acima de 60 anos representaram mais de 1/3 do total de vítimas do estado. No total, 30.243 vítimas procuraram as delegacias para registrar esse tipo de crime.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil tem uma unidade especializada de atendimento à pessoa idosa. A Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa de Terceira Idade (Deapti), localizada em Copacabana, possui profissionais capacitados a fazer o acolhimento às vítimas. Outra iniciativa do Governo do Estado é a Secretaria de Estado de Juventude e Envelhecimento Saudável, que trabalha políticas públicas para auxiliar no combate e na conscientização sobre os crimes contra as pessoas idosas.

Além dos estelionatos, a Violência Moral (calúnia, difamação e injúria) também se destacou entre a população com mais de 60 anos. Em 2022, 18.478 pessoas idosas procuraram as delegacias do estado para denunciar que foram vítimas de algum desses três delitos. As mulheres representaram a maior parte das vítimas.

O Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, com o objetivo de chamar a atenção para a existência de violações dos direitos das pessoas idosas e divulgar formas de denunciá-las e combatê-las.

- O ISP sempre foi pioneiro em analisar as violências que acometem diversos grupos e, para nós, o enfrentamento à violência contra a pessoa idosa é de extrema importância. Todos nós temos alguém que amamos com mais de 60 anos e é o nosso dever, como sociedade, protegê-los. E é importante lembrar que no Brasil temos o Estatuto da Pessoa Idosa que, entre outras iniciativas, garante os direitos à liberdade, à respeitabilidade e à vida para os cidadãos brasileiros acima de 60 anos. Ao divulgar esses dados é possível auxiliar a criação de políticas públicas para atender a essa população, assim como alertar a nossa sociedade sobre a necessidade de conferir maior proteção à pessoa idosa – analisou a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz.

Secretaria de Estado de Juventude e Envelhecimento Saudável

A Secretaria de Estado de Juventude e Envelhecimento Saudável trabalha políticas públicas para auxiliar no combate e na conscientização sobre os crimes contra as pessoas idosas.

- É uma determinação do governador Cláudio Castro que a secretaria de Juventude e Envelhecimento Saudável trabalhe políticas públicas de acolhimento e atenção à pessoa idosa. Vamos implementar o Disque-Idoso, central exclusiva de atendimento às demandas das pessoas idosas, que irá receber denúncias, além de orientar a população sobre serviços voltados aos cidadãos acima de 60 anos, sendo uma ferramenta importante para garantir a segurança dos nossos idosos. Também vamos implantar sete Centros de Referência em Atenção à Pessoa Idosa (CRAPIs) em diferentes regiões do estado e investiremos, em parceria com a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati/UERJ), em capacitação de agentes de saúde e cuidadores para identificarem e saberem como agir em casos em que se identifique a violência contra a pessoa idosa – enumerou o secretário Alexandre Isquierdo.

Secretaria de Estado de Polícia Civil

A Polícia Civil conta com uma unidade especializada no atendimento a pessoa idosa. A Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa de Terceira Idade (Deapti) conta com profissionais capacitados a fazer o acolhimento às vítimas. A sede fica na Rua Figueiredo de Magalhães, 526, em Copacabana.

- A maior parte das investigações conduzidas pela Deapti estão relacionadas à violência financeira, como furto, estelionato e desvio de proventos. O combate a essas práticas é fundamental, pois elas interferem na independência das vítimas, que muitas vezes são pessoas abandonadas pelas famílias. Entender a natureza desses crimes e sua incidência ajuda a pautar o planejamento das ações da Polícia Civil junto a esse público - afirmou o delegado Mário Silva, titular da Deapti.

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