O resultado assegura a seleção no G4 com os mesmos 16 pontos do Uruguai, 3º colocado, por levar a pior no saldo de gols.
Já os peruanos continuam na vice-lanterna, apenas na frente do Chile, com seis pontos.
O jogo
As duas seleções fizeram um 1º tempo morto em Brasília. O Peru até largou na frente com 11 minutos de jogo, mas Edison Flores estava impedido e teve seu gol anulado. Só que depois disso, os peruanos não finalizaram mais.
O Brasil, por sua vez, acertou o travessão com Raphinha, aos 23. Até que aos 37, após uma longa revisão do VAR, o árbitro marcou pênalti por Zambrano ter tocado com a mão na bola dentro da área. O próprio atacante do Barcelona converteu e colocou a seleção de Dorival em vantagem.
A Carinho voltou melhor e pressionando para o 2º tempo. Até que aos 5, Savinho foi derrubado por Zambrano dentro da área. Raphinha, novamente de pênalti, ampliou a vantagem da equipe verde e amarela.
O Peru sentiu o golpe e não esboçou reação, enquanto o Brasil continuou desperdiçando chances. Foi então que Andreas Pereira, que tinha acabado de entrar na vaga de Rodrygo, emendou um voleio ao melhor estilo Bebeto para fazer 3 a 0 para a equipe de Dorival.
Sem deixar os peruanos jogarem, a seleção anotou mais gol. Dessa vez, Luiz Henrique mandou no canto para sacramentar a goleada em Brasília.
Agora, tanto Brasil quanto Peru só voltam a campo na próxima Data Fifa, em novembro.O técnico Dorival Júnior elogiou a disciplina tática da equipe e disse que a Seleção ainda vai oscilar nas Eliminatórias do Mundial de 2026. Ele ressaltou que está promovendo uma reformulação e que esse período de transição é naturalmente irregular.
“Fico feliz por que buscamos fazer tudo aquilo que tinha sido treinado, trabalhado. Temos de ter consciência de que somos um grupo em formação, que carece de ajustes. A equipe vai oscilar na sequência da competição. Isso é fato. Podemos ter também até partidas melhores que essa contra o Peru.”
Dorival reconheceu as dificuldades da Seleção no início da partida, em razão do forte sistema defensivo do adversário.
“Foi um primeiro tempo em que o Peru se defendeu ao extremo, enquanto nós tentávamos de todas formas chegar ao gol. O jogo não estava fluindo até o Brasil abrir o placar.”
Com o primeiro gol de Raphinha, a seleção peruana se viu obrigada a sair mais de seu campo de defesa para tentar o empate. Isso facilitou a atuação do Brasil, até por conta da qualidade técnica de vários de seus jogadores. Foi graças a um lance de habilidade de Savinho que surgiu novo pênalti o segundo gol brasileiro, no início da etapa final.
“Nosso adversário se expôs mais e as coisas a nosso favor começaram a acontecer. Nos precipitamos em algumas situações, a circulação da bola estava lenta, mas depois melhoramos. Tivemos mais campo para trabalhar, com as movimentações e transições que havíamos treinado.”
“Vínhamos tendo uma sustentação defensiva na maioria dos jogos, o que nos faltava eram os ataques em profundidade, o que vimos aqui no Mané Garrincha. Antes, queríamos muito a bola nos pés dos jogadores. Agora, trabalhamos muito as infiltrações, as movimentações de ataque. Isso nos deu mais profundidade e talvez tenha sido o nosso maior ganho nessa partida”, acrescentou Dorival Júnior.
Ele agradeceu o apoio da torcida, que compareceu em grande número ao Mané Garrincha – mais de 60 mil pessoas e disse que a receptividade da Seleção dentro do país tem sido muito calorosa, exaltando a paixão da torcida pela Amarelinha.
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