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Cartório de Angra dos Reis vence prêmio nacional de captação de candidatos a doação de órgãos

Cartório de Angra dos Reis vence prêmio nacional de captação de candidatos a doação de órgãos

Cartório de Angra dos Reis vence prêmio nacional de captação de candidatos a doação de órgãos
Dois meses após campanha de convencimento a cada um que entrava na sala de atendimento, o Cartório de Registro Civil e Tabelionato de Notas de Angra dos Reis venceu o Prêmio AEDO 2024, após conseguir captar 466 candidatos a doadores de órgãos no município. O processo de sensibilização de doadores foi realizado no período 01/08 a 30/09/2024 e a premiação reforça a campanha "Um Só Coração: seja vida na vida de alguém", promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os voluntários declararam seu desejo de ser doadores através de depoimentos gravados em vídeos, utilizando a plataforma de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano – AEDO.

A serventia da Zona Verde do Estado do Rio de Janeiro, detentora, agora, do título de Tabelião Amigo da Vida, ficou à frente do 7º Tabelionato de Notas de João Pessoa, na Paraíba, que ficou em segundo lugar com 140 candidatos a doador, e do Cartório JK – 1º Ofício de Notas e Protestos de Brasília, terceiro colocado, com 136 declarações de candidatos a doação.

O Prêmio AEDO foi criado pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal, com o objetivo de incentivar os 8.344 tabelionatos de notas do país a captarem candidatos a doação de órgãos utilizando a plataforma AEDO.

Feliz com o resultado alcançado, o registrador civil e tabelião Matheus Faria Carneiro, titular do Cartório de Registro Civil e Tabelionato de Notas de Angra dos Reis, acredita que a plataforma AEDO pode impulsionar o processo de doação de órgãos, atenuando a resistência, muitas vezes, manifestada pelos familiares de seguirem a vontade dos voluntários. “Pela legislação vigente, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do cidadão, que precisava estar ciente da intenção da pessoa em doar seus órgãos e/ou tecidos. Com a AEDO, esta manifestação de vontade fica registrada em uma base de dados acessada pelos profissionais da saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar a família no momento do óbito.”

Matheus destacou o trabalho da equipe do cartório para captação dos doadores e a receptividade da população de Angra dos Reis que abraçou a campanha se voluntariando como candidatos a doadores. O tabelião também destacou a importância do sistema judiciário no desenvolvimento das atividades dos cartórios extrajudiciais, permitindo sua atuação mais abrangente em favor da sociedade. “O Sistema de Justiça do Rio de Janeiro, representado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, reconhece o valor da atividade extrajudicial e fomenta a pacificação da sociedade e exalta a nobreza de predicados como o da solidariedade: seja na vida, seja na morte. No mesmo compasso, a Corregedoria Geral, representada pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Marcus Henrique Basílio, sempre atenta aos desafios que o mundo impõe conduz, com serenidade, a atividade correcional tão necessária para o bom funcionamento interinstitucional entre Judiciário e atividades notarias e registrais.

Como ser voluntário a doador de órgãos

Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado preenche um formulário diretamente no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo cartório de notas selecionado. Em seguida, o tabelião agenda uma videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade. Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. A plataforma está acessível 24 horas por dia, sete dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.

Pelo sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos. A maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas.

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