/>
Gayer acusa governador de Goiás ser o mentor de operação contra ele

Gayer acusa governador de Goiás ser o mentor de operação contra ele

Gayer acusa governador de Goiás ser o mentor de operação contra ele
Reprodução das redes sociais
O deputado Gustavo Gayer (PL) voltou a reagir a operação realizada pela Polícia Federal na ultima sexta-feira, dia 25, contra ele. As investigações apontam que o Gayer seja o financiador do 8 de Janeiro, ação de bolsonaristas contra o governo Lula e ministros do STF com a depredação do Planalto Central e das instalações do STF.

Na reação de hoje, o parlamentar alega que o Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, seja suspeito de influenciar a operação para beneficiar o candidato a prefeito de Goiânia Sandro Mabel (UB).

No vídeo, Gayer, em tom de revolta, chama Caiado de 'canalha'. Alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal na última sexta-feira por suspeita de desvio de recursos da Câmara para atividades privadas, Gayer não gostou do comentário feito por Caiado sobre a situação.

Tudo começou por conta de uma fala de Ronaldo Caiado sobre a operação da Polícia Federal feita na casa de Gayer, na sexta-feira, ao Jornal o Globo. Segundo a matéria do jornalista Lauro Jardim, Caiado disse que "com a PF batendo na porta, foi a primeira vez que Gayer acordou cedo na vida, pena que não foi pra trabalhar". Irritado, o deputado federal classificou o comentário de Caiado como "idiota e infantil".

O governador Ronaldo Caiado ainda não se posicionou sobre as acusações de Gayer.

— Eu tentei de tudo para reatar e reaproximar o senhor do Bolsonaro para que a direita pudesse andar junta...Canalha! Eu tentei admirar o senhor, mas agora com esse comentário idiota, infantil. Que canalhice! — disse em um vídeo publicado no seu canal do YouTube. — Eu tinha que trabalhar 12 horas por dia para sustentar a minha família, canalha! — disparou novamente.

No pleito de Goiânia, Gustavo Gayer está apoiando a candidatura de Fred Rodrigues (PL), também endossado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Do outro lado, Ronaldo Caiado é o padrinho da campanha de Sandro Mabel (União Brasil). Gayer tem certeza de que a investigação contra ele, a dois dias da eleição, serve para prejudicar o resultado de Fred no segundo turno na capital de Goiás.

— Dois dias antes das eleições de segundo turno, no qual meu candidato participa em Goiânia, eu acordo às 6h da manhã com a minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal — disse o deputado no Instagram.

Durante o vídeo, o parlamentar ainda deixou claro que o governador não deve contar mais com o seu apoio para o pleito presidencial de 2026 e que, depois do comentário, tem certeza que Caiado está por trás da investigação contra ele.

— O Ronaldo Caiado é um canalha. Caiado, a sua chance de ser candidato a presidência do Brasil acabou, acabou! O senhor acabou de se posicional ao lado de um ditador! O Brasil inteiro vai ficar sabendo da canalhice que o senhor está fazendo. Se antes eu suspeitava que o senhor estava por trás dessa busca e apreensão agora eu tenho certeza. Tudo pelo poder, para eleger o seu candidato (Mabel) biscoito da Odebrecht — disparou.

Por mais que o deputado bolsonarista tenha se revoltado com Caiado, Jair Bolsonaro, que foi a Goiânia neste domingo para apoiar Fred Rodrigues, fez acenos ao governador e não descartou estarem do mesmo lado nas eleições presidenciais de 2026, a despeito das rusgas na disputa municipal deste ano.

Entenda o caso
A Polícia Federal investiga o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por suspeita de usar uma loja de roupas, em no do seu filho, para desviar dinheiro da cota parlamentar. O estabelecimento é denominado "Desfazueli", uma referencia ao bordão "Faz o L" usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral de 2022. Gayer foi alvo de mandados de busca e apreensão na última sexta-feira.

Desfazueli: PF suspeita que Gayer usou loja do filho para desviar dinheiro
"A autoridade policial também aponta que o espaço locado para o gabinete parlamentar do deputado federal Gustavo Gayer Machado de Araújo, supostamente custeado com cota parlamentar, seria utilizado simultaneamente para as operações da escolas de inglês Gustavo Gayer Language Institute e para as atividades da Loja Desfazueli, o que poderia configurar, em tese, o uso inapropriado de recursos púbicos destinados ao funcionamento do gabinete político", diz a representação da Procuradoria-Geral da República (PGR).


Os investigadores apuram se o parlamentar bolsonarista praticou os crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato. Na operação realizada na antevéspera da eleição, as autoridades também apreenderam R$ 72 mil em espécie na casa de um assessor do deputado.

De acordo com a investigação da PF, Gayer usou recursos da Câmara dos Deputados para manter a atividade de uma escola de inglês chamada Gustavo Gayer Language e de uma loja de venda de roupas que estava registrada no nome do filho dele, em Goiânia.

Postar um comentário

0 Comentários

Close Menu