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Morre o ícone da voz do jornalismo da TV brasileira

Morre o ícone da voz do jornalismo da TV brasileira

Morre o icone da voz do jornalismo da TV brasileira
Foto: reprodução de rede social
Morreu nesta quinta-feira, dia 3 de outubro, o jornalista, comunicador e apresentador Cid Moreira, aos 97 anos. Ele estava internado no hospital Santa Teresa, em Petrópolis, cidade Serrana, onde morava, tratando de uma pneumonia.

Cid nasceu em Taubaté, cidade localizada na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, 130 quilômetros da capital Paulista.

Com uma voz potente e inconfundível, ficou muito conhecido por ser o primeiro apresentador do Jornal Nacional. Esteve em atividade desde 1947.

A carreira do apresentado começou na Rádio Difusora de Taubaté, como contador, aos 15 anos. Como sua voz era muito bonita e grave, foi convidado para ser locutor. Após formar-se contador, Cid transferiu-se para a Rádio Bandeirantes em 1947. Em pouco tempo viu seu salário ser aumentado de 1 500 cruzeiros para 2 600 cruzeiros além de ter sido contratado como locutor oficial da campanha de Ademar de Barros (um dos proprietários da Bandeirantes) para as Eleições estaduais em São Paulo em 1947. 

Em 1951 foi contratado por Gilberto Martins junto com Carlos Henrique e Nelson de Oliveira para a Rádio Mayrink Veiga. Ali permaneceu por 12 anos como um dos principais narradores até ser contratado pela TV Excelsior. Narrou documentários para cinema, meio no qual também apresentou o noticiário semanal Canal 100 produzido por Carlos Niemeyer. Em 1955, atuou como ator no filme Angu de caroço, voltando ao cargo de narrador em 1958 no filme Traficantes do Crime.

Na época áurea do cinema, foi narrador dos jornais de cinema da maior parte dos estados brasileiros. Apresentou entre 1969 e 1996 o Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, sendo recordista como âncora que mais tempo esteve à frente de um mesmo telejornal. A estreia do Jornal Nacional em 1.º de setembro de 1969 foi com o locutor Hilton Gomes. A última edição de Cid Moreira como âncora do Jornal Nacional ocorreu em 29 de março de 1996, ao lado de Sérgio Chapelin.

Em 1975, Cid Moreira provê narração para o documentário Brasil: Ontem, hoje e amanhã, material de propaganda do governo comemorando os 11 anos de ditadura militar no Brasil.

Cid é célebre, também, pela gravação, feita em 2001, em áudio da Bíblia cristã na íntegra e em linguagem atual. Os CDs com sua locução alçaram um enorme sucesso de vendas, chegando hoje a 33 milhões de cópias. Aos 87 anos e 70 de carreira, Cid publicou o livro Boa Noite. O nome de sua biografia deve-se à sua frase "Boa Noite!", com a qual encerrava o Jornal Nacional.

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