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Poliomielite: saem as gotinhas, depois de quase 50 anos, e entram a vacinas injetáveis na dose de reforço

Poliomielite: saem as gotinhas, depois de quase 50 anos, e entram a vacinas injetáveis na dose de reforço

A partir de 4 de novembro, o novo esquema vacinal prevê a aplicação de quatro doses do imunizante
Poliomielite: saem as gotinhas, depois de quase 50 anos, e entram a vacinas injetáveis na dose de reforço
Depois de 47 anos de aplicação no Brasil, as gotinhas da vacina oral contra a poliomielite (VOP), que protegem as crianças da paralisia infantil, serão substituídas por vacina injetável (VIP) na dose de reforço aplicada aos 15 meses. Desta maneira, não será mais necessário o segundo reforço, que era aplicado aos 4 anos de idade. A previsão do Ministério da Saúde (MS), é que o processo seja concluído até 4 de novembro deste ano.

A decisão foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro.

Países como os Estados Unidos e nações europeias já utilizam esquemas vacinais exclusivos com a VIP.

Diante desse cenário novo, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) tira dúvidas sobre a estratégia de vacinação e reforça que o melhor remédio para a proteção é a vacina.

A vacina oral contra a poliomielite, conhecida como gotinha, será oficialmente “aposentada” no Brasil?

Sim. As tradicionais gotinhas serão substituídas pela vacina injetável quando a criança completar 15 meses de vida, na chamada dose de reforço, não havendo necessidade de outra aos 4 anos. Desde 2016, o esquema vacinal primário contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina VIP. O país está há 34 anos sem a doença e contabiliza quase meio século de sucesso de uso da VOP nas estratégias de vacinação de combate contra a poliomielite desde que foi introduzida de forma oficial no Brasil, em 1971.

Qual é a previsão da retirada do imunizante em todo o país?

Do dia 28 de setembro até 3 de novembro, não haverá a realização de vacinação de reforço contra a poliomielite, justamente para garantir que a transição seja segura, ou seja, os postos municipais não farão uso da vacina oral e nem injetável como reforço. A partir do dia 4 de novembro de 2024, o reforço contra a poliomielite será com a vacina injetável de forma intramuscular. De modo que o esquema vacinal primário e reforço contra a doença será exclusivo com a VIP.

Qual é a vantagem deste novo modelo em relação à anterior?

Tornar o processo de vacinação ainda mais seguro. A vacina oral com vírus vivo enfraquecido foi fundamental para eliminar a doença, mas evidências científicas mostraram que o imunizante injetável, com o vírus inativado, aumenta ainda mais a proteção. A mudança tem como parâmetro estudos científicos de organismos internacionais. Na América do Norte, os Estados Unidos, por exemplo, já adotam o sistema com sucesso. Outras nações europeias também utilizam esquemas vacinais exclusivos com a VIP.

Agora, como ficará o esquema vacinal contra a poliomielite?

 2 meses – 1ª dose injetável

4 meses – 2ª dose injetável

6 meses – 3ª dose injetável

15 meses – dose de reforço injetável.

 O que é a poliomielite e suas consequências?

A paralisia infantil é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas.

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