O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, criticou durante a Secretaria de Segurança do estado após vândalos, vestidos com camisas do Peñarol, terem praticado crimes na praia do Recreio que causou um tumulto generalizado na quarta-feira, dia 23, e a operação da policia que paralisou a Avenida Brasil, principal do município, durante troca de tiros com bandidos que terminou com a morte de três pessoas inocentes, na manhã desta quinta-feira, dia 24.
Paes usou o seu perfil numa rede social para dizer a falta de comando do secretário de Segurança Pública, Victor Santos, do governo do estado. “O senhor é um secretário sem comando. Há um excesso de politização, deputado indicando comando de batalhão, a gente já conhece bem. Vou cobrar a inação de vocês, a falta de política de Segurança Pública e a vergonha que a gente está vendo no Rio de Janeiro”, disse Paes, em vídeo. “Vou passar a fazer sempre as cobranças públicas. Vai ser cobrado pelo prefeito da cidade. Essa cidade não aguenta mais essa irresponsabilidade”, arrematou.
O prefeito começa a crítica rebatendo a afirmação de Victor Santos, em entrevista coletiva dada nesta quarta (23), de que a prefeitura não teria alertado a PM sobre a inadequada escolha do local para receber os torcedores do clube uruguaio. Num outro vídeo, Paes havia afirmado que a escolha do local foi um “absurdo”, ressaltando que foi oferecido um espaço alternativo, “mas a PM insistiu em manter, em combinação com o consulado do Uruguai”. Na quarta (23), 283 pessoas foram detidas após um tumulto que começou com o furto de um celular, flagrado por câmeras de segurança, por parte de um dos torcedores, e evoluiu para depredações, confrontos com a Polícia Militar, episódio de racismo, incêndio de motos, um carro e o próprio ônibus em que viajava a torcida, no Rio para assistir ao jogo contra o Botafogo.
Vinte e dois torcedores do Peñarol envolvidos na confusão foram autuados em flagrante pela Polícia Civil. Eles respondem aos seguintes crimes: porte ilegal de arma de fogo, furto, lesão corporal, roubo com concurso de agentes, dano qualificado, incêndio, associação criminosa, resistência, desobediência, desacato, rixa, injúria racial, corrupção de menores e o artigo 201 do Estatuto do Torcedor (crimes contra a paz no esporte). Os presos foram encaminhados para a Polinter e serão apresentados para audiência de custódia. Outros torcedores 330 uruguaios foram escoltados pela polícia para fora do Rio e deixados. Eles também vão responder pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor, de acordo com a Polícia Civil.
Além disso, pelo menos três pessoas morreram durante operação da Polícia Militar, na manhã desta quinta (24), no chamado Complexo de Israel, na Zona Norte. Outras três pessoas ficaram feridas. “Loucura o que está acontecendo, hoje, na Avenida Brasil, principal via da cidade, fechando trem, BRT, carros parados, pessoas atrás de muretas. Essa vergonha que mostra o total descontrole de vocês (SSP) na segurança”, disse o prefeito.
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