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Delegado e policiais são presos por suspeita de participação com o PCC

Delegado e policiais são presos por suspeita de participação com o PCC

Mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos nesta terça (17)
Delegado e policiais são presos por suspeita de participação com o PCC
Foto: divulgação da Polícia Federal
A Polícia Federal e o MPSP deflagraram, na manhã desta terça-feira (17/12), a Operação Tacitus, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e a crimes contra a administração pública (corrupção ativa e passiva).

Centro e trinta policiais federais, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, deram o cumprimento a oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba. Entre os presos estão um delegado de Polícia Civil, um investigador e outro policial civil.Segundo as investigações, o esquema criminoso envolveria manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a criminosos e corrupção para beneficiar um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

A operação é resultante do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC, inclusive o assassinato do delator Vinícius Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. (Veja no vídeo abaixo.)

O delegado preso é Fabio Baena, que foi acusado por Gritzbach, em sua delação premiada, de extorsão. Na época, Baena comandava uma investigação em que o delator era suspeito de mandar matar dois integrantes do PCC.

Também foram presos os policiais Eduardo Monteiro, Marcelo Ruggeri e Marcelo Marques de Souza, conhecido como Marcelo "Bombom". O policial que ainda está foragido é Rogério de Almeida Felício, e, segundo a reportagem apurou, também trabalha como segurança do cantor Gusttavo Lima.

Os demais presos suspeitos de envolvimento com o PCC são Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura, conhecido como Molly.

Em nota, o advogado Daniel Bialski, que faz a defesa de Baena e de Monteiro, disse que considera a prisão uma "arbitrariedade flagrante". Afirma ainda que os fatos que embasariam a prisão "já foram investigados e arquivados pela Justiça, por recomendação do próprio Ministério Público". E acrescentou que "ambos compareceram espontaneamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações".

A defesa de Marcelo Ruggeri disse que ainda não teve acesso aos autos, mas que considera a prisão prematura.

Os advogados de Rogério informaram que aguardam ter acesso integral ao processo "para analisar o caso e tomar as medidas legais cabíveis, reafirmando a confiança na Justiça para a comprovação de sua inocência".

"Rogério é um policial civil que, ao longo de sua carreira, sempre desempenhou suas funções com zelo, responsabilidade e respeito à lei e nunca teve qualquer envolvimento com o Crime Organizado", informou a sua defesa.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que a Corregedoria da Polícia Civil acompanha a operação e colabora com a PF e o MP.

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