Advogado foi morto no Centro do Rio com 21 tiros próximo à sede da OAB no dia 26 de fevereiro do ano passado
Leandro Machado da Silva, Eduardo Sobreira de Moraes e Cezar Daniel Mondego de Souza, acusados pelo assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, irão a júri popular. Na sentença de pronúncia proferida na manhã desta terça-feira (21/01) pelo juiz Cariel Bezerra Patriota, em exercício no III Tribunal do Júri, os três serão julgados por um júri popular pelos crimes de homicídio qualificado.Na sentença do juiz foi determinado também que, pela garantia da ordem pública, os três continuarão presos até o julgamento, cuja data ainda será definida pela Justiça, tendo sido mantida a prisão preventiva. Os pedidos de relaxamento e revogação da prisão foram negados.
O magistrado destacou, na sentença, que os três réus agiram de forma premeditada e que fizeram vigilância até a emboscada que resultou na morte do advogado, no Centro do Rio, próximo à sede da Ordem dos Advogados do Brasil, sem qualquer possibilidade de defesa, caracterizando uma execução sumária.
O crime, de acordo com o magistrado, foi cometido por motivo torpe, demonstração de força e poder, uma vez “que a atuação profissional da vítima, como advogado, vinha incomodando interesses escusos de organização criminosa atuante, dentre outras atividades, na exploração de jogos de apostas online”.
“O crime foi perpetrado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, eis que atingida por diversos disparos de arma de fogo, quando se encontrava de costas, em típico ato de execução sumária. O crime foi executado para assegurar a execução e vantagem de outros crimes praticados pelos denunciados e seus asseclas, interligados a jogos de azar. Os denunciados estão incursos nas penas previstas pelo artigo 121, §2º, incisos I, IV(2x), V e VIII, c/c artigo 29, caput, ambos do Código Penal.”, escreveu em sua decisão.
Os denunciados, de acordo com os autos, teriam o seguinte papel: Cezar Daniel Mondego de Souza e Eduardo Sobreira de Moraes teriam exercido atividade de vigilância e monitoramento sobre a vítima por dias seguidos, espelhando sua rotina, de forma a viabilizar o momento do ataque fatal, ambos sabedores dos motivos e circunstâncias do crime.
Já o denunciado Leandro Machado, policial militar da ativa, por sua vez, contribuiu eficazmente com o homicídio acima narrado, sendo o responsável pela locação do veículo.
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