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Isa Marques assume presidência do PSOL Volta Redonda / Foto: divulgação |
Foi organizando suas lutas nas pastorais eclesiais de base da Igreja Católica– no antigo Setor 1, hoje Paróquia São Paulo Apóstolo –, espaço que historicamente formou lideranças comprometidas com direitos humanos e emancipação social.
Graduada em Serviço Social pela primeira turma do UNIFOA, Isa Marques construiu uma trajetória profissional indissociável de sua militância. Com mais de 20 anos de experiência, dedicou-se a políticas públicas para crianças e adolescentes, atuando em pesquisas sociais que subsidiaram programas de assistência em cidades como Mendes e Porto Real. Seus diagnósticos sobre violência doméstica contra crianças e jovens em Volta Redonda tornaram-se referência para ações intersetoriais de proteção.
Atualmente, integra o Plano Integrado de Saúde das Favelas da Fiocruz, iniciativa que busca garantir acesso à saúde em favelasndonestado do Rio (primeira iniciativa do Brasil a inserir mais de R$ 20mi para a garantia da promoção de saúde integral). Além disso, está coordenando o Movimento Negro Unificado (MNU) no Sul Fluminense e integra o Conselho Municipal de Políticas Públicas de Igualdade Racial (COMUPPIR), consolidando uma trajetória que une expertise técnica e compromisso antirracista.
PSOL como espaço de unidade e luta coletiva
Eleita presidente do PSOL Volta Redonda em 15 de março, Isa Marques defende a unidade do partido, como ferramenta para organizar as lutas populares. “Nosso desafio é fortalecer a articulação entre movimentos sociais, periferias e instituições, combatendo o racismo estrutural, a violência de gênero e a falta de acesso a direitos básicos, como saúde, assistência e moradia, além de obviamente, direito a cidade. Digo isso porque, com uma passagem a R$ 5,50, fica dificil de qualquer pessoa que depende de transporte público, ir trabalhar ou mesmo usufruir de bens e serviços da cidade. O povo tem direito a cidade!” exclama.
Sua proposta inclui, além de uma sede para o partido, a criação de fóruns permanentes de diálogo com a base militante e a priorização de pautas que ampliem a representatividade de mulheres negras na política.
Trajetória como símbolo de resistência
Da infância nas pastorais à liderança partidária, a vida de Isa Marques é um testemunho de como profissão e militância podem convergir na construção de um projeto de sociedade mais justo. “Nasci militante por necessidade, mas permaneço militante por escolha. Cada espaço que ocupo é uma trincheira de luta”, resume.
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