Sindusfarma aponta para um aumento de 3,48%; especialista alerta para impacto na continuidade dos tratamentos e dá dicas para reduzir gastos
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Reajuste anual de medicamentos entra em vigor em 1º de abril; veja como economizar antes da alta |
O reajuste dos medicamentos pode variar conforme a concorrência no mercado. Quanto maior a oferta de um determinado remédio, menor tende a ser o aumento autorizado. Isso acontece principalmente com genéricos e similares sem patente, que possuem preços mais competitivos. Já medicamentos patenteados ou com poucas alternativas disponíveis podem sofrer reajustes mais elevados.
Embora o reajuste médio seja inferior à inflação, na prática, os preços finais podem variar significativamente. Isso porque o reajuste incide sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), que estabelece o valor máximo permitido para a venda dos medicamentos. Lélio Souza, Vice-presidente de Soluções para Prática Médica da Afya, explica que muitos medicamentos são comercializados abaixo desse teto, permitindo variações amplas nos preços praticados pelas farmácias.
“Mesmo que o reajuste seja menor, como os 3,48% projetados, o consumidor pode encontrar diferenças expressivas nos valores, pois o preço final depende das políticas de cada farmácia. Em 2024, por exemplo, identificamos medicamentos que tiveram variações maiores que 300% ao longo do ano. Esse é o caso da Rivaroxabana, um tipo de anticoagulante, que teve seu preço variando em até 359%”, afirma Souza. Os dados são da CliqueFarma | Afya, plataforma de comparação de preços de medicamentos, e foram obtidos com base nos menores preços mensais praticados entre as mais de 80 redes de farmácias parceiras da plataforma.
Impacto na saúde e alternativas para economizar
Para o médico e professor de Clínica Médica e Medicina de Família e Comunidade da Facimpa | Afya, Isaac Ramos, o aumento dos preços pode comprometer a continuidade dos tratamentos, especialmente para populações de baixa renda. “O comprometimento da renda com medicamentos pode levar à interrupção de tratamentos essenciais, agravando condições de saúde e aumentando a demanda por serviços médicos”, explica.
Para minimizar os impactos do reajuste, o especialista orienta os consumidores a adotarem estratégias que garantam o acesso aos tratamentos com menor custo. Confira algumas dicas:
Opte por genéricos ou biossimilares: são versões mais acessíveis financeiramente, com eficácia comprovada.
Aproveite programas governamentais: o programa "Farmácia Popular" oferece medicamentos gratuitos ou com descontos para diversas condições de saúde.
Busque assistência farmacêutica no SUS: unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizam gratuitamente diversos medicamentos essenciais.
Compare preços antes da compra: utilizar plataformas online para comparação de preços, como a CliqueFarma | Afya, pode ajudar a encontrar os melhores valores.
Compre em maior quantidade: se o medicamento tiver validade longa e for de uso contínuo, adquirir uma quantidade maior pode gerar economia.
Aproveite descontos e programas de fidelidade: muitas farmácias oferecem benefícios para clientes cadastrados.
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