Desaprovação na gestão da economia de Trump bate recorde e maioria dos americanos considera o tarifaço nocivo

Donald Trump
61% desaprovam condução da economia no governo Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)

Ao completar 100 dias de mandato nesta terça-feira, dia 29, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump testemunha a queda de 13 pontos percentuais na confiança dos americanos em sua capacidade de gerir a economia. É o que mostram os levantamentos da CNN/SSRS. Realizadas em dezembro e abril, as pesquisas mostram que o percentual de eleitores que confiavam no republicano para lidar com o tema passou de 65% em dezembro para 52%, em abril, a maior queda entre seis temas avaliados. No mesmo período, a desconfiança subiu de 35% para 48%.

De acordo com a pesquisa, 61% dos entrevistados disseram desaprovar sua condução da economia — o maior índice registrado desde que ele assumiu o cargo pela primeira vez em 2017. Até então, a desaprovação nunca havia ultrapassado os 50%.

Outro levantamento, divulgado pela Gallup nesta segunda-feira, 18, aponta o impacto negativo das tarifas de importação anunciadas por Trump no início de abril. Para 66% dos americanos, é muito provável que os preços subam com as novas taxas. Apenas 25% acreditam que a medida criará empregos na indústria, um dos principais argumentos do presidente. Além disso, 70% dos entrevistados acham que, no curto prazo, as tarifas trarão mais custos do que benefícios aos Estados Unidos. No longo prazo, o pessimismo permanece elevado: 62% compartilham essa visão.

A economia esteve no centro do debate eleitoral americano, no ano passado. Um mês antes das eleições, a Gallup apontou que 52% dos eleitores disseram que esse era o tema mais importante na escolha do voto — o maior percentual entre 22 assuntos listados. Na época, Trump foi visto como mais competente do que sua adversária, Kamala Harris, por uma margem de 9 pontos (54% a 45%).

Se a inflação pesou contra o governo Joe Biden, ela pesa hoje contra o atual governo. Pesquisa da CNN mostrou que 64% dos americanos desaprovam a forma como o presidente lida com o aumento de preços, uma alta de 8 pontos em pouco mais de um mês.