A Polícia Civil de Piraí prendeu uma mulher de 37 anos por descumprir medida protetiva em Piraí. O flagrante aconteceu na última quinta-feira, dia 9 de outubro.
Conforme as informações da PC, ela
se aproximou da filha de 11 anos no centro da cidade, quando a menina
estava na escola. Durante a manhã, a mulher foi até uma escola
localizada no bairro Ponte das Laranjeiras para tentar ver a criança,
violando a decisão judicial que determinava distância mínima de 500
metros.
O caso começou em 2017, quando a Justiça de Búzios
destituiu o poder familiar da mãe biológica sobre a filha, então com 3
anos, e o filho, com 5, devido a episódios de abandono. No ano de 2018,
um casal de Piraí iniciou o processo de adoção, e em 2021 as crianças
passaram a viver com os pais adotivos, com quem permanecem até hoje. Em
agosto deste ano, a mãe biológica foi a Piraí decidida a retomar os
filhos à força. Tentou agredir a mãe adotiva, desacatou conselheiras
tutelares e ameaçou enviar traficantes para retirar as crianças, além de
ameaçar de morte os pais adotivos.
— Ela criou um clima de
intimidação, tentando impor a vontade dela pela força, o que é
totalmente incompatível com qualquer direito de convivência familiar.
Diante da gravidade, foi registrada uma ocorrência e a mulher passou a
responder em liberdade. Em setembro, a Justiça de Piraí expediu medida
protetiva, proibindo-a de se aproximar dos filhos a menos de 500 metros.
Mesmo com a medida de restrição, a mãe biológica foi à escola da filha,
ontem, e comunicou à direção que queria vê-la. A escola acionou os pais
adotivos, que procuraram imediatamente a delegacia para denunciar o
descumprimento — destacou o delegado Antonio Furtado.
Policiais
civis realizaram buscas e localizaram a mulher próximo à Secretaria de
Educação, no Centro. Diante da violação da ordem judicial, ela foi presa
em flagrante, conforme previsto em lei. O crime de descumprimento de
medida protetiva tem pena de três meses a dois anos de prisão, e a
legislação não permite concessão de fiança pela autoridade policial,
cabendo a decisão apenas ao Judiciário.
— A lei é clara: quem
descumpre medida protetiva comete crime e deve ser responsabilizado. Não
havia alternativa a não ser efetuar a prisão em flagrante. O mais
importante é garantir a proteção dessas crianças, que hoje já estão na
adolescência e precisam de estabilidade para se desenvolverem de forma
saudável. A Justiça já decidiu que o lar delas é com os pais adotivos, e
qualquer tentativa de ruptura desse vínculo traz sofrimento e
insegurança para todos. Nossa atuação é firme, mas também é guiada pelo
objetivo maior, a qual é a defesa da infância e da família legalmente
constituída — explicou o delegado Antonio Furtado.



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