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Rio passa a ter equipamento para diagnosticar doenças de figado

Rio passa a ter equipamento para diagnosticar doenças de figado

Rio passa a ter equipamento para diagnosticar doenças de figado
Imagens: SES
A rede estadual de Saúde do Rio de Janeiro agora conta com o primeiro aparelho de elastografia hepática — exame moderno que possibilita avaliar com precisão a evolução de doenças como fibrose e cirrose, sem a necessidade de procedimentos invasivos. O novo equipamento, de tecnologia francesa, foi adquirido pelo Governo do Estado com investimento de R$ 670 mil e foi inaugurado nesta quarta-feira, 19 de novembro, no Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) Maracanã, que é referência no cuidado às hepatites virais.

— Estamos renovando o parque tecnológico das unidades da rede estadual de saúde para oferecer os exames mais modernos à população que utiliza o sistema público. A qualidade dos equipamentos não deixa nada a dever à rede privada. Além disso, investimos na criação de centros de diagnósticos, como o Rio Imagem Baixada, que já realizou mais de 2 milhões de exames laboratoriais e por imagem — afirmou o governador Cláudio Castro.

A tecnologia, que utiliza ondas sonoras para medir a rigidez do órgão e identificar gordura no fígado, permite acompanhar complicações associadas às hepatites B e C com mais conforto e segurança para a população. O exame classifica o grau de fibrose em diferentes estágios (de F0 a F4) e é indicado para pacientes em acompanhamento clínico, orientando condutas terapêuticas, além de prevenir o avanço da doença.

— Inauguramos o primeiro aparelho de elastografia hepática da rede estadual de saúde. Esse equipamento é fundamental para monitorar e avaliar o fígado de pacientes com hepatites virais e outras doenças hepáticas, substituindo a necessidade de uma biópsia, que é um procedimento invasivo. Esse aparelho mede o grau de fibrose e também a quantidade de gordura no fígado, o que ajuda não só quem está em tratamento, mas também quem já foi curado e precisa acompanhar riscos futuros — declarou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

A secretária e o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sérgio Ribeiro, acompanharam os primeiros atendimentos realizados com o novo aparelho. O exame será ofertado aos pacientes do Iaserj e àqueles encaminhados pela Atenção Primária via Sistema Estadual de Regulação (SER).

Paulo Rogério da Silva, de 49 anos, foi um dos primeiros a utilizar o aparelho. Ele trata hepatite B após descobrir a infecção em uma doação de sangue.

— Fiquei surpreso com o equipamento novo, que é muito valioso pra nós. O exame foi excelente, rápido, indolor e com um resultado muito bom. Fico tranquilo de saber que agora temos um exame mais profundo e com resultado rápido. É tranquilo, não dói, e cuidar da saúde é fundamental, disse o paciente.

Ampliação da capacidade de atendimento

Antes da chegada da elastografia, a principal forma de avaliar a progressão das hepatites era a biópsia hepática, um exame invasivo, com necessidade de internação e risco de complicações. Com o novo aparelho e a previsão de instalação de um segundo polo em local a ser definido, a SES-RJ ampliará significativamente o acesso ao diagnóstico.

A estimativa inicial é realizar 80 a 100 exames por mês, e, paralelamente, os profissionais serão treinados para a condução do exame e até mesmo para avaliar os casos clínicos que indicam essa necessidade.

Sobre as hepatites virais

As hepatites B e C, quando evoluem para a forma crônica, podem causar inflamação e danos progressivos ao fígado. A hepatite B tem na vacinação sua principal forma de prevenção, com doses disponíveis gratuitamente para todas as idades. Já a hepatite C não possui vacina, tendo como forma de prevenção os cuidados para não compartilhar objetos que entrem em contato com sangue e usar preservativo.

— O monitoramento das hepatites virais é feito de forma contínua e, com o novo equipamento, será possível estabelecer o estágio da doença hepática crônica causada pelas hepatites B e C. E contribui para melhorar as informações sobre a evolução dos portadores de hepatites virais. Da mesma forma, poderemos adequar a rede de assistência para os vários níveis de complexidade observados, oferecendo um acompanhamento médico adequado e oportuno — explicou a gerente de Hepatites Virais da SES-RJ, Clarice Gdalevici.

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