A cada 10 horas um fuzil é apreendido no Rio

Em onze meses, polícias Civil e Militar retiraram 848 armas de guerra das mãos dos criminosos

Levantamento inédito do Instituto de Segurança Pública (ISP), do Governo do Estado do Rio de Janeiro, aponta que entre janeiro e novembro deste ano as polícias Civil e Militar retiraram 848 armas de guerra das mãos de criminosos no território fluminense, uma a cada 10 horas. Em comparação com o mesmo período de 2024, quando 687 fuzis foram apreendidos, o aumento foi de 23,4%. Essa é a maior apreensão desse tipo de armamento na história do estado. Em onze meses, o número de apreensões já ultrapassou o do ano passado inteiro, quando 732 fuzis foram tirados de circulação.

— O trabalho integrado e incessante de nossas forças de segurança tem nos levado a bater sucessivos recordes na apreensão de fuzis. Como eu venho dizendo, é fundamental um esforço conjunto para impedir que essas armas de guerra continuem chegando em nosso estado e caindo nas mãos dos criminosos. Estamos fazendo a nossa parte e vamos continuar fazendo — disse o governador Cláudio Castro.

Os crimes contra o patrimônio também apresentaram dados positivos neste ano, tanto na comparação mensal quanto no acumulado do ano. Os roubos de veículo recuaram 21,7% no mês e 23% no acumulado. Já os de carga diminuíram 33,6% na comparação mensal e 10,8% no acumulado do ano, quando registrou o menor número para os onze meses desde 2010. Em novembro, os roubos de rua apresentaram o menor resultado para o mês desde 2004, com 3.830 casos, uma redução de 19,5%. No acumulado do ano, a queda foi de 1,6%.

Produtividade policial

A produtividade policial das forças de segurança do estado merece destaque nestes 11 meses: foram 5.677 armas apreendidas, 38.951 pessoas presas em flagrante e 23.748 registros de apreensões de drogas, cerca de 71 por dia.

— Esses dados são fundamentais para o planejamento estratégico das polícias Civil e Militar. A análise qualificada que estão fazendo dessas informações permite direcionar recursos, definir prioridades e aprimorar a atuação integrada — afirmou o vice-presidente do ISP, Leonardo Vale.

Resumo dos indicadores:

Letalidade violenta: 271 mortes em novembro de 2025, redução de 14,2% em relação a 2024. Foi o menor número para o mês desde o início da série histórica, em 1991.

Homicídio doloso: 210 mortes em novembro de 2025, redução de 17% em relação a 2024. Menor número para o mês desde o início da série histórica, em 1991.

Latrocínio: 6 vítimas em novembro de 2025, cinco a menos do que em 2024. No acumulado dos onze meses, o indicador registrou queda de 28,1% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Roubo de veículo: 2.644 casos em novembro de 2025, redução de 21,7% em relação a 2024. No acumulado dos onze meses, o indicador registrou queda de 23% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Roubo de rua: 3.830 casos em novembro de 2025, redução de 19,5% em relação a 2024. Foi o menor índice para o mês desde novembro de 2004. No acumulado dos onze meses, o indicador registrou queda de 1,6% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Roubo de carga: 289 casos em novembro de 2025, redução de 33,6% em relação a 2024. No acumulado dos onze meses, o indicador registrou queda de 10,8% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Foi o menor índice para o período desde 2010.

Armas apreendidas: 5.677 apreensões em onze meses, média de 17 por dia.

Fuzis apreendidos: 848 em onze meses, uma média de um fuzil a cada 10 horas. Esse número representa um aumento de 23,4% em comparação ao mesmo período de 2024. Maior acumulado desde 2007.

Apreensão de drogas: 23.748 registros de apreensões em onze meses, crescimento de 7,1% em relação a 2024. Uma média de 71 registros por dia.

Prisão em flagrante: 38.951 prisões em onze meses, média de 116 por dia.
Os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública são referentes aos Registros de Ocorrência (RO) lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro durante o mês de novembro. Acesse aqui os dados completos.