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Dermatologista explica a importância do uso frequente do protetor solar e dá dicas para a hora da compra

Dermatologista explica a importância do uso frequente do protetor solar e dá dicas para a hora da compra

Dermatologista explica a importância do uso frequente do protetor solar e dá dicas para a hora da compra
Com as temperaturas mais elevadas e o aumento da exposição solar nesta temporada, o uso de protetor solar se torna ainda mais essencial para proteger a pele dos efeitos nocivos da radiação ultravioleta. Uma pesquisa da International Organization for Standardization (ISO) reforça essa importância ao apontar que o uso regular do produto na infância e adolescência diminui em 78% a incidência de alguns tipos de câncer na fase adulta, enquanto a proteção contínua ao longo da vida reduz em 50% o risco de melanoma.

A professora de Dermatologia da Afya Ribeirão Preto, Dr.ᵃ Lorena Mesquita, destaca que a fotoproteção não é apenas uma preocupação estética, ela é uma medida de saúde pública. “Em dias quentes, os riscos de exposição são ainda maiores, e o protetor solar é a barreira mais eficaz que temos para minimizar os danos à pele”, afirma.

De acordo com um estudo recente do Instituto Cosmetologia e Ciências da Pele, 66% das pessoas entrevistadas relataram não usar protetor solar todos os dias, o que, segundo a especialista, reflete uma realidade do país. “Muitos brasileiros ainda não estão cientes da importância do protetor solar. Não à toa, o câncer de pele é o tipo mais comum no país, o que é extremamente preocupante. No consultório, vemos diariamente como grande parte das pessoas subestima a necessidade do filtro, acreditando que ele só deve ser usado na praia, em dias de sol forte ou ao ar livre, quando, na verdade, a proteção diária é essencial”, explica a especialista.

Segundo a dermatologista da Afya, escolher o protetor solar ideal requer atenção a diversos fatores. A seguir, ela aponta os cinco principais:

1 Tipo de radiação e amplo espectro

É fundamental optar por um protetor que ofereça proteção de amplo espectro, ou seja, que bloqueie tanto os raios UVA quanto os UVB. Só assim garantimos uma defesa completa contra queimaduras, envelhecimento precoce e danos ao DNA da pele.

2. Fator de proteção solar (FPS)

Não adianta escolher um FPS muito baixo se você vai ficar muitas horas exposto ao sol. Para uso diário, geralmente recomendamos FPS 30 ou mais; mas se a exposição for intensa, no calor ou na praia, um FPS mais elevado pode fazer diferença.

3. Textura adequada ao tipo de pele

Se a sua pele é oleosa, vale apostar em fórmulas mais leves, em gel ou não comedogênicas. Para peles secas, protetores mais cremosos ou enriquecidos com hidratantes ajudam a manter o conforto.

4. Resistência à água e reaplicação

Em dias quentes, transpiramos mais. Por isso, usando protetor solar resistente à água, você mantém a proteção por mais tempo. Ainda assim, é importante reaplicar a cada duas horas ou após nadar ou suar bastante.

5. Ingredientes e tolerância da pele

É importante verificar os ativos do protetor: filtros físicos (como óxido de zinco) são mais suaves para peles sensíveis, enquanto filtros químicos têm texturas mais fluidas. Também é bom evitar fórmulas com componentes que você já sabe que irritam sua pele.

Além dessas recomendações, Lorena reforça outros cuidados essenciais, destacando que o uso de chapéu, óculos escuros e roupas com proteção UV, sempre que possível, aliado ao hábito de evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, é fundamental. A professora ressalta, porém, que a atenção à radiação ultravioleta deve existir todos os dias, inclusive em dias nublados e mesmo dentro de ambientes internos com luz natural: “Essa exposição acumulada, ao longo dos anos, é o principal fator de risco para o câncer de pele, como também de manchas, envelhecimento precoce e outras alterações causadas pela radiação”.

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