Os repasses devem ficar suspensos até que o valor de R$ 970 milhões seja atingido, total investido pelo Fundo Único de Previdência Social do Estado (Rioprevidência) no banco, que teve sua liquidação extrajudicial determinada pelo Banco Central.
Em sua Recomendação, o GAESF/MPRJ solicitou que o governo e o Rioprevidência adotassem medidas judiciais para a recuperação dos valores investidos no banco.
A atuação do MPRJ foi motivada pela liquidação da instituição financeira, decretada em razão de graves irregularidades e da deterioração de sua situação patrimonial.
Segundo a Recomendação, o Rioprevidência mantém aplicações de volume expressivo no banco, cuja insolvência expôs recursos do regime próprio a um risco de crédito considerado desproporcional e incompatível com os parâmetros de segurança exigidos para investimentos dessa natureza. O quadro gerou risco direto sobre valores destinados ao pagamento de benefícios previdenciários.
A Recomendação ainda ressaltou que falhas na gestão desses investimentos resultaram na perda do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), levando o Estado do Rio de Janeiro à inscrição no CAUC (Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias) e à impossibilidade de recebimento de transferências voluntárias da União e de contratação de operações de crédito com bancos federais.
Ainda de acordo com o documento expedido, o impacto extrapolou o âmbito previdenciário e afetou o equilíbrio fiscal do Estado, cabendo à Fazenda estadual atuar de forma conjunta e coordenada com o Rioprevidência para regularizar o CRP, restabelecer a possibilidade de repasses federais e conter os prejuízos decorrentes da irregularidade.



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