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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sul Fluminense está sem política específica para recolhimento do lixo eletrônico



Publicado em 15/06/2013, às 17h30 



Última atualização em 15/06/2013, às 17h30
ABr
Cidades não têm local adequado para lixo eletrônico

Sem rumo: Cidades não têm local adequado para lixo eletrônico
Volta Redonda e Barra MansaOs resíduos de equipamentos eletro eletrônicos, lixo eletrônico ou e-lixo, como são chamados ainda não têm destino certo na região. Segundo a ambientalista e auditora ambiental, Rita Souza, coordenadora do Instituto Educa Mata Atlântica, o destino da maior parte do lixo eletrônico nas cidades da região ainda é incerto.
Carlos Amaro, Secretário de Meio Ambiente, disse que Volta Redonda ainda carece de um local para armazenamento deste material. Amaro explicou que está trabalhando na elaboração do plano municipal de resíduos sólidos para apresentá-lo até o final do ano.
- Como é um plano bem complexo, estamos no meio do processo de elaboração. Acredito que até o final do ano será apresentado através de uma audiência pública. O plano é referente a todo tipo de resíduo sólido, incluindo o lixo eletrônico.
Em Barra Mansa, o projeto da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Tecnologia da Informação e Comunicação recolhe equipamentos usados em informática e resíduos eletrônicos. Todos esses materiais, depois de recolhidos, são reparados e encaminhados a escolas conveniadas com o projeto onde oferecem cursos de capacitação em computação para os alunos e para a comunidade.
De acordo com a coordenação tecnológica da cooperativa, criada em 2010, tudo começou a partir da necessidade de criar um destino para o lixo eletrônico. A cooperativa trabalha também na recuperação dos materiais doados e recolhidos, e o que não é reutilizado é encaminhado para a reciclagem, onde acontece a separação entre plástico e metais.
Por mês são recolhidas, em média, 175 peças de computadores, das quais 70% são reutilizadas.
Segundo informações da coordenação de Resíduos Sólidos do Saae, mensalmente são recolhidos 3 mil toneladas de lixo, entre resíduos urbano, doméstico, hospitalar, volumoso e entulho. Já a quantidade de lixo eletrônico recolhida não é registrada porque não existe coleta seletiva e nem uma triagem desse material. Os equipamentos eletroeletrônicos e de informática que são recolhidos aleatoriamente na coleta seletiva são enviados para a cooperativa dos catadores de lixo, já os misturados de forma errada ao lixo doméstico terminam na Central de Tratamento de Resíduos (CTR), onde são aterrados e compactados.

Projeto de lei
O vereador José Jerônimo Teles (PSC) recentemente apresentou um projeto de lei na Câmara Municipal sobre "Eco lixo", que trata do destino adequado do lixo eletrônico. O projeto ainda não foi aprovado, e está sendo avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça.
Segundo o vereador, o objetivo de seu projeto é dar um destino adequado ao lixo eletrônico que é jogado aleatoriamente nos lixos das residências e até em algumas empresas da cidade.
Jerônimo lembrou que o lixo eletrônico hoje representa 30% de todo o lixo despejado pela população ao meio ambiente. O vereador também propõe que lojas de eletrônicos recolham as baterias e pilhas em recipientes próprios, o que já vem ocorrendo, mas em um número bem reduzido de estabelecimentos.
Danos ao meio ambiente

De acordo com uma pesquisa realizada pela ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil é o país que mais gera lixo eletrônico no mundo entre os países emergentes. O relatório mostra que o material descartado por pessoa, no país, equivale a 0,5 quilos por ano. Por outro lado, na China, que possui uma população muito maior, a taxa de lixo eletrônico é de 0,23 quilos por pessoa - e 0,1 quilos na Índia.

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