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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Grávida de 9 meses, jovem percorre quatro hospitais e bebê morre
Pai da criança, Fabrício está indignado com o descaso dos hospitais públicos Pai da criança, Fabrício está indignado com o descaso dos hospitais públicos.

Ao fim do nono mês de sua tão desejada gestação, Ysabela dos Santos Moraes, de 16 anos, perdeu sua primeira filha após percorrer quatro hospitais. Com sangramento e a bolsa rompida, ela pediu socorro nos hospitais Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari; Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias; da Mulher, em São Cristóvão; e Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Em todas as unidades, diz o pai do bebê, Fabrício Xavier de Oliveira, de 19 anos, ela foi atendida como se tivesse infecção urinária.

No sábado, Ysabela voltou ao Hospital de Saracuruna, onde deu entrada na emergência da maternidade. Apesar da pouca dilatação e do sangramento, os médicos insistiram em fazer parto normal, já a paciente é jovem:

- Do jeito que fomos tratados, eu já imaginava que isso fosse acontecer - disse Fabrício, que pretende processar o hospital e o obstetra que fez o parto.

O Moacyr do Carmo e a Secretaria municipal de Saúde do Rio - responsável pelo Instituto da Mulher Fernando Magalhães e Hospital Municipal Ronaldo Gazolla - informaram que apuram o caso. A direção do Pereira Nunes diz que a paciente deu entrada na unidade com diagnóstico de feto morto, o que foi confirmado pelo ultrassom feito no momento da internação. Segundo o hospital, Ysabela segue internada e com quadro estável.

Veja a nota na íntegra:

‘A direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes informa que a paciente Ysabela dos Santos Moraes, de 16 anos, deu entrada na unidade no dia 13/07, às 17h45, com diagnóstico de feto morto, confirmado pelo exame de ultrassom realizado no momento da internação da paciente. A mesma encontra-se no hospital, e seu estado de saúde é considerado estável.’

‘O que fizeram foi o retrato do descaso’

Fabrício Xavier, 19 anos - vendedor e pai do bebê

“O que fizeram com a gente foi o retrato do descaso. Não tenho como descrever a dor que sinto neste momento. Fomos tratados como se não existisse uma outra vida pedindo socorro. Se minha filha morreu, foi porque existem médicos incapazes de salvar vidas. Médicos que juram amor à profissão, mas, na hora de exercê-la, esquecem tudo. Amei a Mirela desde o momento que soube que Ysabela estava grávida.”

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