Nesta quarta (10), quando a equipe mais precisou, Messi colocou a bola debaixo do braço e praticamente sozinho classificou o país para o Mundial do próximo ano
© REUTERS / Henry Romero
Lionel Messi só joga pelo Barcelona. Lionel Messi não canta o hino. Lionel Messi é espanhol, não argentino.
Lionel Messi, 30, cinco vezes eleito o melhor jogador do mundo, cansou de ouvir as acusações em sua terra natal cada vez que algo dava errado pela seleção argentina. E muitas coisas deram nos últimos três anos, o que culminou com o país olhando para o abismo de não ir para a Copa do Mundo de 2018 antes da última rodada das eliminatórias sul-americanas.
Nesta quarta (10), quando a equipe mais precisou, Messi colocou a bola debaixo do braço e praticamente sozinho classificou o país para o Mundial do próximo ano. Ele fez os três gols da vitória da Argentina por 3 a 1 sobre o Equador, em Quito.
A seleção teve 12 minutos de pânico. No primeiro lance, Ibarra fez o gol do Equador. Aos 35 segundos, foi o mais rápido sofrido pela Argentina na história. Não poderia ter acontecido em momento mais impróprio.
Os visitantes não sabiam como responder. Não havia pressão da torcida. Dos 35 mil ingressos colocados à venda para a partida, 12 mil ficaram nas bilheterias do estádio Olímpico Atahualpa. Em vários momentos era possível ouvir a torcida argentina cantar, não a equatoriana. Mas o time não respondia em campo.
A letargia durou até que Messi recebeu passe de Di Maria na área e tocou para o gol. Não satisfeito, seis minutos depois roubou uma bola e a carregou até finalizar para a rede. A vibração chamou a atenção. Desde o gol contra a Bósnia, na estreia da Copa do Mundo de 2014, Lionel não celebrava com tanta raiva um gol.
A Argentina repetiu 1993 e 2009, quando sofreu e esteve ameaçada de eliminação, mas conseguiu se classificar. A seleção mantém sequência de participações na Copa do Mundo que começou em 1974.
Fora de campo, é possível mensurar o quanto ganhou o futebol local. A Fifa distribui US$ 2 milhões (R$ 6,3 milhões) para cada seleção classificada para a Copa do Mundo e mais US$ 10 milhões (R$ 31,7 milhões) ao final da fase de grupos. Com a classificação, a AFA (Associação de Futebol Argentino) garantiu o recebimento desta quantia. A partir do mata-mata, o prêmio cresce até o título. O campeão embolsa US$ 50 milhões (R$ 158,4 milhões).
Uma porcentagem desse valor será destinado aos clubes locais que cedem jogadores para a seleção. Entre os patrocinadores, da AFA, há cláusulas contratuais que federação receberia menos se a equipe não participasse da Copa do Mundo. Atualmente, Coca-Cola, Adidas (que fornece o material esportivo) e a operadora de celular Claro pagam cerca de US$ 2 milhões por ano. Há outros 12 empresas que desembolsam cotas menores, de cerca de US$ 800 mil anuais (R$ 2,5 milhões).
Mas dentro de campo, o maior alívio de todos é o de Lionel Messi.
O Mundial de 2018 será a última chance que terá para disputar o torneio em alto nível, no auge da carreira. Ele terá condições de ir ao Catar, em 2022. Mas quando acontecer, estará com 35 anos. Como é natural em todos os jogadores de futebol, estará na curva descendente da carreira. A Rússia é sua grande oportunidade de ser campeão.
No segundo tempo, o Equador trocava passes, sem grande ambição ou imaginação para buscar o empate. Ibarra era o único a tentar algo. A Argentina quase não tocava na bola. Quando tocou, Messi a carregou, se livrou da marcação e fez o terceiro para mostrar quem é que joga apenas pelo Barcelona.
Maradona, com quem sempre Messi é comparado, saiu da quase aposentadoria em 1993 para evitar que a Argentina caísse nas eliminatórias para a Copa de 1994. Em 2017, Messi, que fez sete gols e foi o artilheiro da equipe, colocou sua seleção no caminho da Rússia. Com informações da Folhapress.
Lionel Messi, 30, cinco vezes eleito o melhor jogador do mundo, cansou de ouvir as acusações em sua terra natal cada vez que algo dava errado pela seleção argentina. E muitas coisas deram nos últimos três anos, o que culminou com o país olhando para o abismo de não ir para a Copa do Mundo de 2018 antes da última rodada das eliminatórias sul-americanas.
Nesta quarta (10), quando a equipe mais precisou, Messi colocou a bola debaixo do braço e praticamente sozinho classificou o país para o Mundial do próximo ano. Ele fez os três gols da vitória da Argentina por 3 a 1 sobre o Equador, em Quito.
A seleção teve 12 minutos de pânico. No primeiro lance, Ibarra fez o gol do Equador. Aos 35 segundos, foi o mais rápido sofrido pela Argentina na história. Não poderia ter acontecido em momento mais impróprio.
Os visitantes não sabiam como responder. Não havia pressão da torcida. Dos 35 mil ingressos colocados à venda para a partida, 12 mil ficaram nas bilheterias do estádio Olímpico Atahualpa. Em vários momentos era possível ouvir a torcida argentina cantar, não a equatoriana. Mas o time não respondia em campo.
A letargia durou até que Messi recebeu passe de Di Maria na área e tocou para o gol. Não satisfeito, seis minutos depois roubou uma bola e a carregou até finalizar para a rede. A vibração chamou a atenção. Desde o gol contra a Bósnia, na estreia da Copa do Mundo de 2014, Lionel não celebrava com tanta raiva um gol.
A Argentina repetiu 1993 e 2009, quando sofreu e esteve ameaçada de eliminação, mas conseguiu se classificar. A seleção mantém sequência de participações na Copa do Mundo que começou em 1974.
Fora de campo, é possível mensurar o quanto ganhou o futebol local. A Fifa distribui US$ 2 milhões (R$ 6,3 milhões) para cada seleção classificada para a Copa do Mundo e mais US$ 10 milhões (R$ 31,7 milhões) ao final da fase de grupos. Com a classificação, a AFA (Associação de Futebol Argentino) garantiu o recebimento desta quantia. A partir do mata-mata, o prêmio cresce até o título. O campeão embolsa US$ 50 milhões (R$ 158,4 milhões).
Uma porcentagem desse valor será destinado aos clubes locais que cedem jogadores para a seleção. Entre os patrocinadores, da AFA, há cláusulas contratuais que federação receberia menos se a equipe não participasse da Copa do Mundo. Atualmente, Coca-Cola, Adidas (que fornece o material esportivo) e a operadora de celular Claro pagam cerca de US$ 2 milhões por ano. Há outros 12 empresas que desembolsam cotas menores, de cerca de US$ 800 mil anuais (R$ 2,5 milhões).
Mas dentro de campo, o maior alívio de todos é o de Lionel Messi.
O Mundial de 2018 será a última chance que terá para disputar o torneio em alto nível, no auge da carreira. Ele terá condições de ir ao Catar, em 2022. Mas quando acontecer, estará com 35 anos. Como é natural em todos os jogadores de futebol, estará na curva descendente da carreira. A Rússia é sua grande oportunidade de ser campeão.
No segundo tempo, o Equador trocava passes, sem grande ambição ou imaginação para buscar o empate. Ibarra era o único a tentar algo. A Argentina quase não tocava na bola. Quando tocou, Messi a carregou, se livrou da marcação e fez o terceiro para mostrar quem é que joga apenas pelo Barcelona.
Maradona, com quem sempre Messi é comparado, saiu da quase aposentadoria em 1993 para evitar que a Argentina caísse nas eliminatórias para a Copa de 1994. Em 2017, Messi, que fez sete gols e foi o artilheiro da equipe, colocou sua seleção no caminho da Rússia. Com informações da Folhapress.
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