Rádio Acesa FM VR: Justiça Federal decide na quinta-feira se concede ou não a prisão de Albertassi, Picciani e Paulo Melo

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Justiça Federal decide na quinta-feira se concede ou não a prisão de Albertassi, Picciani e Paulo Melo


O desembargador Abel Gomes, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 2ª Região vai levar para apreciação da 1ª Seção Especializada do TRF-2 os pedidos de prisão dos deputados estaduais Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo. Eles foram detidos na manhã desta terça-feira (14) pela a Polícia Federal.

Jorge Picciani, intimado a depor pela Polícia Federal, foi recebido por agentes no aeroporto Santos Dumont por volta das 8h, quando retornava ao Rio, e levado à sede da PF. Ele é suspeito de receber propina de empresários do setor de transporte. O filho dele é investigado por lavagem de dinheiro – os dois são sócios em uma empresa de artigos agropecuários, junto com o  deputado federal e ministro do Esporte (e também filho de Jorge), Leonardo Picciani, e o outro filho de Jorge, Rafael Picciani.

O ex-presidente da Alerj e também deputado Paulo Mello (PMDB) foi procurado logo cedo, mas o apartamento dele, em Copacabana, estava vazio. Agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Alerj, no gabinete do deputado Jorge Picciani.

O líder do governo na Alerj, deputado Edson Albertassi (PMDB), também foi intimado a depor, com mandado de prisão coercitiva. Ontem, a Justiça do Rio concedeu uma liminar que suspende a indicação dele para conselheiro do TCE. Albertassi foi indicado ao cargo pelo governador do Rio, Luiz Henrique Pezão (PMDB). Ele substituiria Jonas Lopes, que revelou, no início do ano, um esquema de propina que colocou na cadeia 5 conselheiros do Tribunal carioca.
Caixinha para propina

Segundo a PF, o esquema entre empresários, autoridades e políticos teria movimentado mais de R$ 200 milhões. Os empresários fariam uma espécie de “caixinha” para pagar a políticos da Alerj por decisões favoráveis ao setor. Esse valor seria retirado do próprio dinheiro das passagens arrecadado com o serviço de transporte público no Rio de Janeiro. A organização estaria ativa desde 1990.

A operação Cadeia Velha

A Operação Cadeia Velha apura o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A petição do MPF resulta de investigações feitas há mais de seis meses, que incluíram quebras de sigilo bancário, telefônico e telemático, acordos de leniência e de colaboração premiada, além de provas obtidas a partir das Operações Calicute, Eficiência, Descontrole, Quinto do Ouro e Ponto Final.

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