As investigações, da 93ª DP com apoio do DGCOR, visavam apurar a atuação da quadrilha de estelionatários que age no financiamento de automóveis no Sul Fluminense. Os criminosos possuíam uma rede para a prática dos crime: Os líderes da organização eram donos das agências de automóveis não eram credenciadas para realizar financiamento de veículos junto às instituições financeiras. O segundo escalão era denominado de "agentes" que atuavam como revendedores autônomos de carros e os vendedores de lojas de veículos que captavam documento de vítimas.
O esquema consistia no segundo escalão captar os documentos usados para montar fichas que seriam enviadas à financeiras através de uma agência de veículos cadastrada para realizar a transação. Os criminosos chegavam a pagar as primeiras parcelas do financiamento para não levantar suspeitas, mas quando percebiam que a fraude não seria descoberta quitavam a dívida com dinheiro de outros crimes. Em um dos golpes, a quadrilha financiou um veículo de cerca de R$ 90 mil utilizando documentação de uma pessoa já falecida.
A apuração levantou ainda que o chefe da organização criminosa movimentou mais de sete milhões de reais durante o período das investigações. Um dos cabeças da quadrilha é ex-operador de uma instituição financeira e detinha conhecimento dos trâmites na aprovação de crédito e pagamento de financiamento de automóveis. O criminoso também já foi proprietário de agência de automóveis.
Os criminosos foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro com penas que podem chegar a 60 anos.
Até o fechamento desta reportagem sete pessoas foram presas.
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