Reabertura das escolas no Rio de Janeiro |
Em assembleia virtual realizada dia 10 de outubro, os profissionais da rede estadual decidiram manter a Greve Pela Vida. Com isto, os professores e funcionários das escolas estaduais mantiveram a posição contrária à volta do trabalho presencial nas unidades escolares como forma de resguardar a saúde da categoria, dos alunos e da população em geral em um momento em que a média diária de casos do coronavírus se mantém elevada. No entanto, está mantido o trabalho remoto.
"A nosso ver, todo estudante tem direito a uma educação de qualidade. É um direito constitucional, que o Sepe vem, há anos, lutando para garantir efetividade. Da mesma forma, o direito à saúde é outro princípio constitucional, que deve ser garantido", afirmou a nota.
Para o sindicato, ao longo dos próximos anos, é possível, com planejamento e ampliação dos recursos para a educação, diminuir o prejuízo pedagógico gerado pela pandemia. Mas a vida de um estudante ou muitos, professores, funcionários ou mesmo responsáveis e seus parentes não se pode recuperar.
O Sepe tem uma posição de defesa da vida e de acompanhamento irrestrito das orientações da comunidade científica. É por isso que a categoria declarou a Greve pela Vida e vai buscar todos os meios políticos e jurídicos para impedir esse retorno.
Em audiência, o sindicato propôs à SEEDUC o investimento em recursos tecnológicos para que esses alunos possam realizar seus estudos online, uma medida efetiva que protege vidas.
Destaque-se também que o governo do Estado tem políticas diferentes para as redes sob sua gestão. O Ensino superior e o Colégio de Aplicação da UERJ e a própria rede FAETEC, com perfil muito próximo da rede estadual, já anunciaram o retorno somente em 2021.
Indagamos: por que a regra de isolamento vale para um estudante da rede estadual e não vale para outras redes também do Estado do Rio de Janeiro? Infelizmente, nesse estado castigado pela falta de projeto na educação, é a sua matricula de entrada na educação do estado que vai definir se o professor terá direito a se proteger da doença ou não.
Mais uma vez, o peso recai sobre a rede estadual. Os menores salários agora também são o laboratório de teste para ver o alcance da propagação do vírus. O Sepe/RJ está na luta para que esse cenário se reverta.
Assim sendo, o sindicato requer a mudança de política da SEEDUC e um posicionamento da Comissão de Educação da ALERJ em defesa da vida e contra a reabertura das escolas.
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