Rádio Acesa FM VR: Funcionários do Banco do Brasil no Sul Fluminense aderem a paralisação nacional nesta sexta

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Funcionários do Banco do Brasil no Sul Fluminense aderem a paralisação nacional nesta sexta

Os funcionários do Banco do Brasil na Região Sul Fluminense referendaram o indicativo de paralisação de 24h em assembleia virtual, realizada no último dia 25/01. A iniciativa é um protesto contra a reestruturação proposta pela direção do banco que, se implementadas, preveem o fechamento de 112 agências, a transformação de 243 agências em postos de atendimento, ocasionando perdas de funções, o fim da função de caixas executivos e a demissão de cinco mil trabalhadores. Na região, são 25 agências da instituição bancária, com 304 funcionários que serão impactados por essas medidas.

Os resultados certamente prejudicarão o atendimento aos clientes e usuários, gerar sobrecarga de trabalho aos demais e retração das atividades econômicas nas regiões, uma vez que muito dos investimentos públicos nas comunidades acontecem por intermédio das agências do BB.

A paralisação de 24 horas é um movimento legítimo dos trabalhadores, que se sentem ameaçados na retirada de seus direitos em plena crise sanitária da Covid-19 e se vêem na obrigação de defender o papel público do Banco do Brasil, responsável principalmente pelos financiamentos à produção agrícola, agricultura familiar, pequenas e micro empresas, às prefeituras. Enfim, mesmo sendo um banco comercial, que disputa espaços de mercado, o BB é responsável por uma série de serviços públicos, o que o faz altamente lucrativo, revertendo anualmente bilhões de lucro à União.

Em várias regiões do país o BB é o único a manter agências pioneiras para atender à população. E a intenção do governo ao anunciar as medidas é justamente fragilizar a atuação do banco público, aumentando espaços para a concorrência exercida pelos banqueiros privados. Só a mobilização dos funcionários do BB e o apoio da comunidade poderão impedir que as medidas ocorram.

Dentre as atividades já realizadas, no dia 15 de janeiro aconteceu o Dia Nacional de Luta e de Luto, com manifestações em várias agências. No Sul Fluminense, os protestos ocorreram nas cidades de Volta Redonda, Resende, Porto Real e Piraí. Na ocasião, foi distribuída Carta Aberta à População e veiculado informações em carro de som sobre os impactos que a proposta causará na vida dos trabalhadores, clientes e da população. Menos bancários significará maior tempo de espera no atendimento. O calendário de lutas segue a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro(Contraf-CUT) e o objetivo das paralisações no próximo dia 29 visa acumular forças nesse enfrentamento.

No Congresso Nacional também já foram protocolados pedidos de explicação ao Ministério da Economia a respeito dos impactos e dos prejuízos dessas medidas.

Lucros

Outro ponto destacado por Fukunaga é que, para a direção do BB, a demissão de milhares de funcionários e o desmonte do banco é feito para ampliar os lucros aos acionistas. Na segunda-feira (25), a direção do banco anunciou sua distribuição de dividendos em 2021, em documento enviado ao mercado. De acordo com o documento, o percentual do lucro pago aos acionistas (payout) será de 40%. Sobre o resultado de 2020, o BB aprovou um payout de 35,29%.

“Para a direção do banco, o que vale nessa reestruturação, com a desestruturação de famílias, retirada de comissão, forçando as pessoas a saírem no PDV é o pagamento dos acionistas. é para isso que está sendo feita essa reestruturação. com isso, a gente vê o quanto o funcionário vale para o banco”, completou.

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