Rádio Acesa FM VR: Vinte quatro de agosto: morte do ex-presidente Getúlio Vargas

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Vinte quatro de agosto: morte do ex-presidente Getúlio Vargas

Em 24 de 1954, o Presidente Getúlio Dornelles Vargas cometeu suicídio com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal.

Ao procurar se aproximar dos trabalhadores, como forma de garantir sustentação ao seu governo, sofreu um fracasso e, a crise política com ataques da UDN gerou uma crise após um dos opositores políticos, Carlos Lacerda ter sofrido um atentado (1954) e descobri-se que o mandante era o chefe de segurança do palácio presidencial. Isso foi um verdadeiro escândalo nacional. 

Vargas ficou acuado com os ataques e os pedidos de renúncia. Em uma carta-testamento, o ex-presidente justificava sua ação e defendia seu governo.

Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.|1|

O funeral de Vargas mobilizou milhares de pessoas, e o clima de comoção que se espalhou pelo Rio de Janeiro forçou os opositores de Vargas a recuarem. O pivô da crise, Carlos Lacerda, acabou fugindo do Brasil. Depois do suicídio de Vargas, o legado político do varguismo foi continuado por meio de João Goulart, conforme apontam muitos historiadores.

História

Nascido em São Borja, interior do Rio Grande do Sul, em 19 de abril de 1882, Getúlio Vargas se tornou um dos grandes nomes da história recente do Brasil, sendo militar, advogado e político. Tornou-se presidente do Brasil por meio da Revolução de 1930 e governou de maneira centralizadora, sendo forçado a renunciar quinze anos depois de ter assumido.

Vargas foi presidente do Brasil por quase vinte anos. O primeiro período foi de 15 anos ininterruptos, de 1930 até 1945, e dividiu-se em 3 fases: de 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório"; de 1934 até 1937 como presidente da república do Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e, de 1937 a 1945, como ditador, durante o Estado Novo[b] implantado após um golpe de Estado.

No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se suicidou. Getúlio era chamado por seus simpatizantes de "pai dos pobres", pela legislação trabalhista e políticas sociais adotadas sob seus governos. A sua doutrina e seu estilo político foram denominados de "getulismo" ou "varguismo". Os seus seguidores, até hoje existentes, são denominados "getulistas". As pessoas próximas o tratavam por "Doutor Getúlio", e as pessoas do povo se referiam a ele como "Getúlio". Getúlio, até os dias de hoje, foi o único presidente que chegou ao poder por forma indireta e direta.

"Muitas das instituições políticas, econômicas e sociais que Vargas criou, sob o comando direto da administração do Estado ou mediante regulação estatal, continuam a existir e operar em inúmeras áreas. Muitas variações e ajustes feitos contra o seu legado atravessaram décadas para conseguirem pelo menos arranhar alguns dos arranjos da “Era Vargas”.[8]

Política

Como deputado estadual do PRR, Vargas cumpriu o mandato e foi eleito para um segundo mandato em 1913. Um desentendimento com Borges de Medeiros fez com que Vargas renunciasse ao seu cargo de deputado estadual, só retornando para a função em 1917, depois de ser novamente eleito.

O retorno de Vargas à vida política ocorreu pela reaproximação com Borges de Medeiros. Depois de ser eleito em 1917, foi reeleito em 1921. O novo mandato como deputado estadual foi interrompido porque Vargas foi eleito para ser deputado federal em 1922. Em 1923, estourou uma guerra civil no Rio Grande do Sul e Vargas foi enviado por Borges de Medeiros como tenente-coronel.

Vargas acabou não se envolvendo em batalha e retornou ao Rio de Janeiro, ainda em 1923, para cumprir seu mandato de deputado federal. Em 1926, Washington Luís tornou-se presidente do Brasil e, durante esse governo, Vargas foi nomeado para ocupar o Ministério da Fazenda, posição que ocupou entre 1926 e 1927.

Ainda em 1927, Getúlio Vargas foi escolhido por Borges de Medeiros como seu sucessor na disputa do governo do Rio Grande do Sul. Vargas acabou sendo eleito e assumindo como presidente de estado (governador) em 1928.

Ascensão de Vargas à presidência

Ao longo das décadas de 1910 e 1920, Getúlio Vargas construiu sua carreira política no estado do Rio Grande do Sul. Só no final da década de 1920, conseguiu projetar-se na política nacional. A Revolução de 1930 levou a carreira política de Vargas a um novo patamar.

Tudo começou quando o presidente Washington Luís resolveu romper o acordo de sucessão presidencial e, em vez de indicar um sucessor mineiro, acabou indicando um sucessor paulista – Júlio Prestes. Isso, naturalmente, enfureceu a oligarquia mineira, que se aliou com a oligarquia gaúcha, decidindo, juntas, lançar Vargas como concorrente de Júlio Prestes.

Getúlio Vargas concorreu pela chapa que ficou conhecida como Aliança Liberal e acabou sendo derrotado por Júlio Prestes. A Aliança Liberal, insatisfeita com a derrota, passou a conspirar contra o governo e iniciou uma revolta quando o vice da chapa de Vargas, João Pessoa, foi assassinado em uma confeitaria em Recife.

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