Rádio Acesa FM VR: Estudo indica que 11,2% dos bebês nasceram antes do tempo normal de gestação em 2020

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Estudo indica que 11,2% dos bebês nasceram antes do tempo normal de gestação em 2020

Acompanhamento pré-natal é fundamental para reduzir o número de prematuros

Mesmo diante do cenário da pandemia da Covid-19, uma análise da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontou que o número de bebês prematuros em 2020 foi 3% maior do que o registrado em 2019, no Estado do Rio de Janeiro. No ano passado, foram 199.060 nascimentos e, desse total, 11,2% foram prematuros. Já em 2019, foram 208.211 nascidos vivos, sendo 10,9% de bebês prematuros.

— Estamos trabalhando para melhorar cada vez mais a qualidade do atendimento à mulher e aos recém-nascidos no Estado do Rio. Este ano, lançamos o Programa Laços, um apoio financeiro para maternidades que cumprirem metas. Entre elas, estão o aumento do percentual de partos normais, a aplicação da vacina BCG ainda na maternidade, garantia à gestante de um ou uma acompanhante de livre escolha, registro civil do bebê, entre outras coisas — afirmou o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

Roberta Serra, assessora Neonatal da Coordenação Materno-Infantil da Superintendência de Unidades Próprias Hospitalares e Pré-Hospitalares, explica que ainda há muito o que fazer nessa área, mas os gestores estaduais e municipais estão atuando em conjunto para manter o incentivo ao pré-natal.

— Um dos cuidados mais importantes que temos que ter com as grávidas é garantir o atendimento adequado, em especial àquelas com Covid-19, para que tenham acesso a um leito adequado também. Também é importante que, mesmo diante da pandemia e com o distanciamento social, as mães continuem mantendo o acompanhamento pré-natal, fundamental para prevenir a prematuridade dos bebês — ressaltou ela.

A prematuridade, mesmo em período de pandemia, não atinge apenas aquelas com Covid-19. Silmara Senra Gonçalves tomou todos os cuidados e não foi infectada pelo coronavírus. Durante o acompanhamento médico, porém, a gestante descobriu que seu bebê apresentava restrição de crescimento.

— Eu fiz o acompanhamento e tomei os cuidados que meu médico me passou. Já estava tudo certo. Eu me cuidaria e teria meu bebê no Hospital de Laranjeiras. Mas, no dia 26, eu acordei com pressão alta e fui levada para o Hospital da Mulher, que é mais perto da minha casa. Eu acredito que tudo acontece por um propósito maior. Aqui, eu e o Lorenzo somos muito bem cuidados — relata a mãe.

Hoje, Lorenzo está internado devido a uma displasia pulmonar e, apesar do susto que deu à mãe, já ganhou peso e apresenta melhora.

— Eu tenho muita certeza de que logo ele receberá alta. Eu sou muito grata a toda equipe do hospital, que chorou e torceu junto comigo — agradeceu Silmara.

O Programa Laços

Em julho deste ano, o Governo do Estado lançou o programa Laços – Maternidade Segura. A iniciativa prevê o repasse de mais de R$150 milhões anuais para custeio nas unidades cadastradas. Os valores referentes ao projeto são retroativos ao mês de janeiro e o apoio financeiro garante a qualidade do atendimento durante o parto.

O investimento permite a abertura de novos leitos e a qualificação do serviço já existente, tanto para parto de risco habitual quanto para alto risco.

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