Foto: arquivo da família |
Foi condenado a 14 anos de prisão, Clerison Kleber Martins, acusado de espancar a afilhada Anitta Myllena Maris de Oliveira de 3 anos até a morte há quatro anos em Porto Real (RJ). A sentença foi dada na madrugada desta terça-feira (24), no fórum da cidade, onde ocorreu um júri popular. A esposa de Clerison, Fabrissa Rocha de Alcântara, que era acusada por omissão, foi absolvida.
Na decisão, o júri entendeu que o homicídio foi cometido por motivo fútil, já que Clerison espancou Anitta por ela ter defecado nas calças, além da menina ser menor de idade e não ter condições de se defender. Considerou ainda que o homem não teve a intenção de matar, e sim que os atos de violência, por meio cruel, provocaram a morte de Anitta.
Já Fabrissa foi absolvida por não haver indícios de que ela teria envolvimento na morte da menina.
"Não teria como pedir uma condenação dela, porque no processo faltavam indícios suficientes que ela teria o dolo, teria aquela vontade ou até mesmo que saberia de algo que poderia ter evitado, porque ela estava sendo acusada por omissão. Mas para você ser omisso, você precisa saber que ocorre alguma coisa. No caso dela, a gente não verificou isso", explicou o assistente de acusação, Elson Marcelino.
Na época do crime, Clerisson e Fabrissa cuidavam da menina, já que os pais dela cumpriam pena por envolvimento com o tráfico de drogas.
O caso
Clerison foi preso no dia 31 de março de 2018, quando levou a menina Anitta ao Hospital Municipal São Francisco de Assis, onde ela já chegou morta.
Na unidade, a polícia constatou que contra o homem já havia um mandado de prisão por tráfico de drogas e por porte ilegal de arma em aberto.
De acordo com a Polícia Militar, na delegacia, o acusado contou que tinha dado alguns tapas na menina, inclusive na cabeça, como corretivo. Segundo ele, a criança estava dormindo quando percebeu que ela estava passando mal.
Após o IML confirmar que Anitta tinha sido espancada até a morte, Clerison também passou a responder por homicídio.
Uma semana depois, a Polícia Civil prendeu Fabrissa Rocha de Alcântara, após a Justiça acusá-la de omissão na morte da criança.
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