Após ter o último recurso negado pela Comissão de Justiça e Redação, na quarta-feira, o vereador Gabriel Monteiro (PL) é alvo de investigação por abuso sexual de menores. Para cassá-lo, eram necessários 34 votos (dois terços dos vereadores).
No último dia 11, o Conselho de Ética da casa pediu a cassação de seu mandato, citando atos "inquestionavelmente graves" dos quais o vereador é suspeito, como manipulação de vídeos, violações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), crimes sexuais, além de agressão e intimidação.
Foram 48 votos a favor e dois contra.
O vereador Chico Alencar (Psol), relator do processo que investigou Gabriel Monteiro no Conselho de Ética da Câmara, foi o primeiro parlamentar a se manifestar. Alencar leu parte do relatório aprovado pelo conselho. O documento pede a cassação do mandato.
As galerias da Câmara estavam cheias durante a leitura do relatório. Em vários momentos, apoiadores de Monteiro vaiaram o relator do processo. O presidente da Casa precisou intervir e pedir silêncio.
"É um dever de todos os vereadores e vereadoras dessa Casa de leis dar uma resolução para esse caso. (...) Mais do que o discurso, o que vale é o voto. Esse é um momento histórico e gritos histéricos não vão interrompê-lo. A não aprovação do projeto que determina a perda do mandado do vereador Gabriel Monteiro seria uma contribuição para a perpetuação da cultura do estupro e do patriarcado presente em nosso estado", disse Chico Alencar.
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