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Garoto skatista que venceu a leucemia faz apelo por doação de sangue no Rio

Garoto skatista que venceu a leucemia faz apelo por doação de sangue no Rio

“Assim como aconteceu comigo, muitas crianças em tratamento precisam de sangue”, diz o menino já curado da doença. Leucemia é o tipo de câncer mais comum em crianças no Brasil.

A manobra mais difícil do skatista Eiki Martello, promessa do esporte brasileiro, foi fora das pistas. Ele venceu a leucemia depois de dois anos de tratamento no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Agora, curado, Eiki faz um apelo por doações de sangue. “Assim como aconteceu comigo, muitas crianças em tratamento precisam de transfusão”, disse o menino de 11 anos, em visita ao hospital, nesta quarta-feira (29/05), para promover a “Manobra Radical”, campanha para estimular as doações.

No sábado, 1° de junho, Eiki retorna à unidade para uma mobilização especial de coleta de sangue no ambulatório do Hospital Estadual da Criança. O evento, em parceria com o Hemorio, abre no estado o Junho Vermelho, mês do doador de sangue. “A leucemia é uma doença potencialmente grave e a doação de sangue é fundamental para auxiliar no tratamento. Ela permite uma recuperação mais rápida, já que, durante a quimioterapia, o paciente tem um maior consumo das hemácias, das plaquetas e tem maior necessidade de transfusão”, explica a médica Patricia Moura, coordenadora médica do setor de oncohematologia pediátrica do Hospital Estadual da Criança. “Vem salvar vidas!”, convida o atleta.

Eiki descobriu a doença durante a pandemia de Covid-19, em março de 2021. Internado às pressas no Hospital Estadual da Criança passou por longos períodos de internação e sessões de quimioterapia. Perdeu os cabelos e as tranças de que tanto gostava, mas não a garra. Venceu sua batalha mais difícil e, de volta às pistas, pulou da categoria mirim (até 12 anos) para iniciante (até 16 anos), para competir contra atletas do seu nível. Hoje, inspira crianças e adultos.

A coleta será realizada no dia 1º de junho, das 9h às 16h, no Hospital Estadual da Criança: Rua Luiz Beltrão, 147, Vila Valqueire, Rio de Janeiro.

Câncer mais comum entre crianças

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil tem 11 mil casos de leucemia por ano. A doença é o tipo de tumor mais comum em crianças e adolescentes, De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, a Abrale, o percentual de cura em crianças e adolescentes com Leucemia Linfóide Aguda (LLA) pode chegar até 90%.

Quem pode doar sangue

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais. Devem portar ainda um documento de identidade do responsável. Não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes. Tatuagem e piercing impedem a doação por seis meses. Lembrando que a perfuração na região oral ou genital ainda segue como impeditivo para doações enquanto houver uso da peça.

Para mais detalhes ou informações, o doador pode consultar as redes sociais do Hemorio (@hemorio) ou ligar para o Disque Sangue de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h às 17h, pelo número 0800 282 0708.

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