Ana Sátila e Pepê avançam às eliminatórias no Caiaque Cross em Paris 2024

Na modalidade estreante em Jogos Olímpicos, em que canoístas largam lado a lado e vence quem chega em primeiro, brasileiros seguem na disputa neste domingo (04/08)

Canoagem Slalom - Pepê Gonçalves . Foto: Luiza Moraes/COB

É uma modalidade da canoagem slalom em que os competidores ainda estão se acostumando à melhor forma de competir, pois não se dá nas formas tradicionais, quando um atleta desce as corredeiras sozinho, em busca do menor tempo. 

Neste sábado (3/8), no Estádio Náutico Vaires-sur-Marne, foram disputadas as primeiras provas do Caiaque Cross, que faz sua estreia no programa olímpico nestes Jogos Paris 2024 e na qual os competidores largam lado a lado, vencendo quem cruza a linha de chegada em primeiro. Os brasileiros Pepê Gonçalves e Ana Sátila tomaram sustos, mas avançaram e se classificaram para as fases eliminatórias, que começam neste domingo (04/08). As provas do masculino começam às 10h30 e as do feminino a partir de 11h45.

Primeira representante do Time Brasil a cair na água, Ana Sátila estava na mesma bateria que Kimberley Woods, da Grã-Bretanha – medalha de bronze no K1, prova na qual Ana foi a 4ª colocada – e Martina Wegman, da Holanda. A brasileira chegou em terceiro na bateria e teve que disputar a repescagem, onde, desta vez, passou em primeiro e avançou de fase.

“O que importa agora é que zerou, foi um dia longo para mim, mas amanhã (domingo) volto para o jogo total e agora quero descansar bastante. Vou fazer o meu máximo amanhã, chegar muito bem, com toda a energia do mundo e dar o meu melhor nessa competição, cair para dentro e conseguir um bom resultado para o meu país, que é o mais importante”, prometeu Ana.

Já Pepê enfrentou Xin Quan, da China, e o iraniano Amir Rezanejad, que compete pela Equipe Olímpica de Refugiados. Também não teve vida fácil, acabou cometendo uma falta e chegou em segundo, avançando de fase de forma direta. O brasileiro se mostrou feliz pela classificação, mas não da forma que ocorreu.

“Vi dois fazendo igual eu fiz na largada (mexer o remo) e não tomaram a falta que eu tomei. Não interfere em nada agora porque a gente passou, mas numa prova mais decisiva as coisas podem mudar se houver uma decisão equivocada como essa”, reclamou Pepê. “Eu me preparei bem no aquecimento para conseguir fazer dessa prova uma simulação do que vai ser amanhã. Por isso fiquei bem tenso por causa dessa falta”.