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Volta Redonda entra em colapso financeiro na Saúde

Volta Redonda entra em colapso financeiro na Saúde

Volta Redonda entre em colapso financeiro na Saúde
Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda / Foto: arquivo

O prefeito Antonio Francisco Neto decretou nesta quinta-feira, dia 20, calamidade publica na saúde da cidade de Volta Redonda. De acordo com as informações divulgadas no Diário Oficial, um déficit financeiro histórico de R$ 32 milhões no setor da Média e Alta Complexidade.

O Decreto nº 19.075/2025 estabelece que a grave crise financeira compromete a garantia de assistência integral à saúde da população. A medida é justificada pela situação epidemiológica das neoplasias malignas, das cardiopatias e o risco de epidemia de dengue tipo 3 devido à infestação do mosquito Aedes aegypti, fatores que têm colocado pressão sobre os serviços de saúde. O envelhecimento populacional, o aumento de doenças crônicas e o impacto pós-pandemia também são destacados no decreto como agravantes dessa realidade.

Assinado pelo prefeito Neto (PP), que costuma afirmar que a “saúde de Volta Redonda é referência no Brasil”, o decreto ainda destaca a sobrecarga das Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (UNACONs) e a escassez de vagas para procedimentos de alta complexidade em cardiologia, o que tem gerado longas filas de espera para tratamentos essenciais, como o câncer de mama e radioterapia. O tempo médio de espera para cirurgias oncológicas chega a seis meses, enquanto para radioterapia, o tempo de espera é de quatro meses.

Além disso, o decreto ressalta que, apesar de Volta Redonda ser um polo regional de tratamento para neoplasias malignas, a responsabilidade pela regulação de acesso a esses serviços não é do município, que apenas realiza a contratualização dos serviços de oncologia e cardiologia de alta complexidade.

Outro ponto mencionado no documento é o aumento da judicialização dos procedimentos médicos, com a inclusão de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS), o que tem impactado diretamente a gestão financeira da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Dentre as ações autorizadas pelo decreto para enfrentar a calamidade financeira, destaca-se a entrada em imóveis públicos e particulares em situações de abandono ou negativa de acesso, com o objetivo de combater a infestação do mosquito Aedes aegypti e reduzir os índices de dengue. Também serão intensificadas as ações de controle vetorial, além do rastreamento precoce das neoplasias malignas e cardiopatias.

A situação de calamidade financeira na saúde pública de Volta Redonda terá validade de 180 dias, período durante o qual a administração municipal buscará soluções para os desafios enfrentados pelos setores de oncologia, cardiologia e vigilância epidemiológico.

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