Paola Almeida, assistida da Apadefi, se apresenta no próximo sábado às 19 horas no Teatro Gacemss
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Jovem com paralisia cerebral dança em Volta Redonda / Foto: divulgação |
Através de linguagens corporais, Paola Almeida, jovem de 23 anos, com paralisia cerebral, se apresenta na mostra ‘Por Caminhos: Uma Jornada Dançante’ pela Companhia Huios, onde a verba arrecadada será revertida para a Apadefi.
Sobre cadeira de rodas, Paola expressa seu lado artístico e fala sobre como a oportunidade tem sido importante em sua vida.
“É tudo muito novo e maravilhoso. Tem me dado um renovo e trago autoestima com tudo que estou aprendendo. Tenho muito a agradecer pelo meu crescimento dentro da Apadefi e pela oportunidade que estão me dando”, diz a jovem.
Com a inclusão, a Companhia Huios tem trabalhado na elaboração da apresentação. A líder e professora da Cia, Andreia Tissi, afirma que as diversidades são importantes e que as dificuldades de Paola não são impedimento.
“Paola não é uma inclusão na Cia, ela é a Cia. Paola é da família como todos os outros e a resposta do cumprimento do nosso propósito: todos serão alcançados, além das quatro paredes”.
Para participar do evento, é necessário comprar os ingressos, no valor de R$40 a R$80 reais, disponíveis através do site: Ingresso Digital e na bilheteria do teatro. Também é possível adquirir o ingresso solidário através de contribuição de 1 kg de alimento não perecível.
Ultrapassando limites no mercado de trabalho
A dança não foi o único ambiente onde Paola teve que ultrapassar as barreiras. Na profissão, a jovem também enfrentou dificuldades por conta da falta de adaptação. A professora Simone Couto conta que seu primeiro contato com a moça foi na Apadefi, quando Paola ainda aprendia a lidar com as adversidades.
Apesar de ser educadora de alfabetização, Simone foi além de seu cargo e auxiliou a jovem no desenvolvimento de sua carreira e no mercado de trabalho.
Ao receber de sua mãe um equipamento que elabora itens festivos como topo de bolo, convites e decorações, Paola inicialmente não conseguiu utilizá-lo por falta das adaptações necessárias. Percebendo a demanda, a professora a ajudou na utilização do maquinário, além de indicar fornecedores e clientes para a moça.
Percebendo que a falta de acessibilidade foi um impedimento, Simone acredita que a inclusão é necessária em todas as áreas da vida.
“A inclusão e o respeito aos limites físicos, não só na dança, ajudam no desenvolvimento motor, emocional e também social”, disse a professora.
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