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Estado do Rio de Janeiro registra quase 5 mil desaparecidos por ano

Estado do Rio de Janeiro registra quase 5 mil desaparecidos por ano

Delegado Antonio Furtado destaca que o registro imediato de boletim de ocorrência e a colaboração da família são decisivos para encontrar pessoas desaparecidas
Estado do Rio de Janeiro registra quase 5 mil desaparecidos por ano
Estado do Rio de Janeiro registra quase 5 mil desaparecidos por ano / Foto: divulgação
Comemorado em 30 de agosto, o Dia Internacional das Pessoas Desaparecidas serve para chamar a atenção da sociedade e dos órgãos de segurança sobre um drama que atinge milhares de famílias todos os anos. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP/RJ), de 2015 a 2022, quase 40 mil pessoas desapareceram no Estado do Rio de Janeiro. Uma média de quase 5 mil pessoas por ano. 

Segundo o delegado Antonio Furtado, titular da 94ª delegacia de Polícia de Piraí, compreender as circunstâncias do desaparecimento é essencial para orientar a busca. Os casos se dividem em quatro categorias: voluntários, quando a própria pessoa decide sumir; involuntários, motivados por acidentes ou problemas de saúde; forçados, relacionados a crimes como sequestro ou tráfico de pessoas; e enigmáticos, em que não há pistas sobre os motivos.

Cada situação exige uma abordagem diferente. Por isso, quanto mais cedo a família procura a polícia e fornece informações detalhadas, maiores são as chances de localizar a pessoa desaparecida. Relatar locais frequentados, histórico de saúde, vínculos pessoais e possíveis ameaças auxilia a polícia no trabalho investigativo. A omissão só dificulta a localização — destacou o delegado Antonio Furtado.

É um direito do cidadão registrar imediatamente um boletim de ocorrência, sem necessidade de esperar 24 horas. O procedimento pode ser feito presencialmente em delegacias ou de forma online. Além disso, é fundamental entregar uma foto atualizada da pessoa e relatar qualquer informação, mesmo que pareça constrangedora ou irrelevante. 

Muitas vezes a família perde tempo precioso acreditando que precisa aguardar para registrar o desaparecimento, e isso é um mito perigoso. Cada minuto conta. Quanto antes tivermos acesso às informações, maiores são as chances de localizar a pessoa em segurança. É preciso manter a calma, evitar buscas em áreas de risco por conta própria e nunca divulgar telefones pessoais em redes sociais para não cair em golpes — alertou o delegado Antonio Furtado.

O tema ganhou ainda mais força esta semana com o lançamento do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD), iniciativa do Ministério da Justiça que já reúne dados de 12 estados e permitirá a integração entre as polícias de todo o país. 

— O desaparecimento é um drama que abala famílias inteiras e exige uma resposta organizada. A polícia tem trabalhado para dar essa resposta, mas o apoio da sociedade é essencial. Esse banco de dados é um avanço muito importante. Possibilita, por exemplo, que alguém desaparecido no Rio de Janeiro seja encontrado em outro estado, como Rondônia ou Ceará, ampliando as chances de solução —  afirmou o Delegado Antonio Furtado.

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