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Mais de 73% das mulheres são vitimas de violência no Estado do Rio

Mais de 73% das mulheres são vitimas de violência no Estado do Rio

Dados revelam a realidade complexa das violências de gênero no Rio de Janeiro e embasam políticas públicas do Governo do Estado para enfrentar o problema
Mais de 73% das mulheres são vitimas de violência no Estado do Rio
Mais de 73% das mulheres são vitimas de violência no Estado do Rio / Foto: divulgação
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) lançou o novo painel de Violência Interpessoal/Autoprovocada no MonitoraRJ. A plataforma digital revela uma realidade complexa: em 2025, dos 42.152 casos de violência notificados por unidades de saúde, 30.978 (73,5%) tiveram mulheres como vítimas. Com linguagem acessível, o painel também será associado ao Observatório do Feminicídio, coordenado pela Secretaria de Estado da Mulher para embasar políticas de enfrentamento às violências de gênero.

O painel classifica as informações com base nos nas notificações realizadas pelos profissionais em todo o estado do Rio de Janeiro. Quando uma pessoa em situação de violência dá entrada com sinais de violência num serviço de saúde, é acolhida pelos profissionais que notificam o caso e registram na ficha a violência principal sofrida pela pessoa, mesmo que ela tenha sofrido vários tipos de agressões em uma mesma situação. Esses dados permitem compreender e tipificar a violência sofrida.

“Ao reunir e qualificar esses indicadores, conseguimos mapear os casos de violência no estado e compreender as circunstâncias em que as pessoas em situação de violência estão inseridas. A partir disso, é possível elaborar políticas públicas com base na realidade vivida por nós mulheres e, assim, reduzir as vulnerabilidades sociais e garantir um futuro mais justo”, pontua a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

O painel permite visualizar: região de notificação; município de residência da vítima; raça/cor; sexo; orientação sexual; identidade de gênero; o meio de agressão; e a relação com o agressor. Também tipifica se a violência foi física, psicológica/moral, se houve tortura, violência sexual, financeira/econômica, e se envolve circunstâncias como tráfico de seres humanos, negligência/abandono, trabalho infantil, intervenção legal, ou outras não classificadas.

Entre os 42.152 casos notificados em 2025, 30.978 (73,5%) tiveram mulheres como vítimas. A violência física aparece como a principal forma de agressão, enquanto o estupro é o tipo de violência sexual mais frequente. Outro dado alarmante é a reincidência: 42% dos casos ocorreram de forma repetida.

A notificação dos casos suspeitos ou confirmados de violências não representam uma denúncia, pois este é um documento sigiloso da vigilância epidemiológica, mas iniciam na rede de atenção a inclusão das meninas e mulheres na linha de cuidado e articula com o território a proteção necessária a cada caso.

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