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Tentativas de golpe envolvendo biometria e documento falso aumentam quase 30% em um ano

Tentativas de golpe envolvendo biometria e documento falso aumentam quase 30% em um ano

Ocorrências chegaram a 2,3 milhões entre janeiro e maio de 2025
Tentativas de golpe envolvendo biometria e documento falso aumentam quase 30% em um ano
São Paulo, 25 de agosto de 2025 – Entre janeiro e maio de 2025, 41,2% das tentativas de fraude evitadas por tecnologias de autenticação e prevenção envolviam biometria facial e uso de documentos, totalizando 2.384.340 ocorrências. Os dados são do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, primeira e maior datatech do país, e revelam que o volume representa um crescimento de 28,3% nos últimos 12 meses, com a média de 11 tentativas por minuto.

Segundo o Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, os golpistas têm se aproveitado da confiança em tecnologias legítimas de autenticação facial e verificação documental para aplicar fraudes sofisticadas. “A partir de selfies e imagens de documentos pessoais, muitas vezes coletadas diretamente de redes sociais ou mensagens privadas, criminosos se passam por outras pessoas e conseguem liberar empréstimos, abrir contas bancárias ou contratar serviços financeiros sem o conhecimento da vítima. Fotos e documentos pessoais usados para confirmar a identidade são como uma senha e precisam ser protegidos da mesma maneira”.

Mas a responsabilidade pela proteção da identidade não é só do consumidor. As empresas também precisam estar atentas e adotar medidas robustas de prevenção. “É essencial que as companhias tenham inteligência para identificar comportamentos suspeitos logo no primeiro contato do usuário. Imagine que a captura biométrica foi realizada em um celular que nunca havia sido associado àquela pessoa, e a primeira ação foi solicitar um empréstimo. Suspeito, não é? Esse tipo de análise de contexto é indispensável para bloquear fraudes antes que elas se concretizem”, afirma Rocha.

Como funciona o golpe?

Os fraudadores costumam se passar por empresas ou representantes de serviços públicos, pedindo fotos do rosto ou de documentos para supostos cadastros. Em outros casos, criam sites falsos ou enviam QR codes e links maliciosos que acionam a câmera do celular para capturar a biometria da vítima. Com essas imagens, combinadas a dados vazados, tentam burlar processos de autenticação.

Como se proteger? Dicas para prevenção:

• Nunca enviar fotos do rosto ou gravações de voz por aplicativos de mensagem, redes sociais ou e-mail, principalmente para pessoas que não de sua confiança;

• Não permitir que tirem sua foto ou escaneiem seus documentos sem motivo claro e legítimo, e foram de ambientes físicos e digitais seguros;

• Desconfiar de abordagens inesperadas com pedidos de “atualização de cadastro”;

• Cadastrar biometria facial apenas em apps e sites oficiais e seguros;

• Verificar se o aplicativo ou empresa realmente utiliza biometria como método de autenticação;

• Atualizar sempre o sistema do celular, pois versões mais recentes corrigem falhas de segurança;

• Utilizar autenticação em dois fatores sempre que possível.

Dicas para empresas: 

• Investir em proteção em camadas, combinando biometria, geolocalização, validação de dispositivos e outras etapas na jornada para aumentar a eficácia da autenticação;

• Utilizar tecnologias de autenticação seguras, certificadas e acessíveis, que incluam verificação de vivacidade (liveness) para garantir que a validação esteja sendo feita por uma pessoa real e presente, sem comprometer a experiência do usuário ou sua acessibilidade;

• Fazer da prevenção uma alavanca de experiência do cliente, diminuindo fricções com uma orquestração inteligente de soluções antifraude que ajuda a equilibrar segurança com fluidez na jornada digital;

• Acompanhar os principais indicadores da biometria facial, como quantas pessoas conseguem usar essa tecnologia (cobertura), com que grau de acerto ela reconhece corretamente cada rosto (precisão) e em quanto tempo responde nas tentativas de uso (SLA);

• Fortalecer a verificação documental com inteligência artificial, usando ferramentas de documentoscopia que são capazes de identificar adulterações sutis em documentos digitais, cruzar dados com bases confiáveis e acelerar o processo de decisão sem comprometer a segurança;

• Educar seus colaboradores, parceiros e clientes: Golpes com engenharia social podem começar com um e-mail falso ou uma ligação suspeita, e causar danos graves. Manter as pessoas informadas é uma das defesas mais eficazes contra fraudes.

• Fazer da prevenção uma alavanca de experiência do cliente, diminuindo fricções com uma orquestração inteligente de soluções antifraude que ajuda a equilibrar segurança com fluidez na jornada digital.

“A segurança digital não é mais opcional. A conscientização sobre os riscos da exposição biométrica é o primeiro passo para evitar prejuízos e preservar sua identidade”, declara Rocha.

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