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Coronel do Bope exonerado após operação desastrosa é nomeado à superintendência da PM

Coronel do Bope exonerado após operação desastrosa é nomeado à superintendência da PM

Coronel do Bope exonerado operação destrosa é nomeado à superintendência da PMERJ
A deputada Dani Monteiro, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (CDDHC-ALERJ), manifesta profundo repúdio à nomeação do coronel Aristheu de Góes Lopes para a Superintendência da Polícia Militar. O oficial havia sido exonerado do comando do Bope há apenas três meses, após autorizar a operação no Morro Santo Amaro que resultou na morte do jovem Herus Guimarães Mendes, de 23 anos.

Na justificativa apresentada pela corporação à imprensa, a promoção foi atribuída a “critérios técnicos e estratégias definidas pelo comando”. No entanto, o próprio coronel admitiu publicamente que os agentes não seguiram os protocolos da corporação durante a trágica ação, realizada em meio a uma festa junina lotada de famílias. Diante disso, cabe o questionamento: que critérios são esses?

É inadmissível que um oficial vinculado a uma operação marcada pela violência desproporcional e pela violação de direitos fundamentais seja alçado a um cargo de tamanha relevância na estrutura da segurança pública do estado. Mais uma vez, o governo do Rio de Janeiro sinaliza tolerância, e até mesmo cumplicidade, com práticas letais que vitimam, sobretudo, a juventude negra das favelas e periferias, perpetuando um modelo de segurança fracassado, pautado na lógica do confronto e não na preservação da vida.

Desde as primeiras horas após a ação do Bope, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania tem acompanhado a família de Herus, cobrando responsabilidade e transparência do poder público. Seguiremos acolhendo essa família e exigindo compromisso com a vida da população das favelas do Rio.

Pela memória de Herus Guimarães Mendes e de tantas outras vítimas da violência de Estado reafirmamos nosso repúdio a promoções indevidas que ferem a confiança da sociedade nas instituições, aprofundam a sensação de impunidade e naturalizam a violência como política de Estado.

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