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Apenas 35% das empresas estão preparadas para a Reforma Tributária, aponta estudo

Apenas 35% das empresas estão preparadas para a Reforma Tributária, aponta estudo

O período de transição da reforma tributária no Brasil já inicia em 2026, indo até 2033
Apenas 35% das empresas estão preparadas para a Reforma Tributária, aponta estudo
Um estudo da Thomson Reuters, empresa multinacional de tecnologia e informação com sede no Canadá, divulgado neste mês de outubro, revelou que apenas 35% das empresas brasileiras estão adaptadas às mudanças trazidas pela Reforma Tributária do consumo — uma das transformações mais amplas e complexas já enfrentadas pelo ambiente de negócios nacional. 

O dado evidencia o tamanho do desafio para o setor privado diante da transição para o modelo de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA Dual), que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O período de transição da reforma tributária no Brasil já inicia em 2026, indo até 2033.

Para o especialista em Gestão de Riscos e sócio da ABAX Consultoria, Felipe Martins, o resultado do levantamento mostra que o impacto da reforma vai muito além da esfera fiscal. “A reforma não se resume à substituição de tributos. Ela exige uma revisão completa da estrutura contábil, dos controles internos e dos sistemas das empresas”, afirma. Segundo ele, a baixa taxa de adaptação reforça a necessidade de um movimento urgente de diagnóstico e adequação.

Com a substituição de tributos como PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI, as companhias terão de revisar critérios de reconhecimento contábil de receitas, ajustar provisões tributárias, atualizar sistemas de ERP e fortalecer controles internos. O período de transição, no qual os regimes antigo e novo conviverão, também aumenta a complexidade operacional e o risco de inconsistências.

Outro ponto crítico é a rastreabilidade das informações fiscais. O modelo de IVA dependerá fortemente da consistência de dados entre as áreas de compras, vendas e contabilidade, exigindo processos integrados e auditorias automatizadas. “O dado da Thomson Reuters é um sinal de alerta: as empresas que ainda não iniciaram sua adaptação precisam agir rapidamente. O prazo é curto, mas ainda há tempo para se preparar com segurança e eficiência”, reforça Martins.

Mais do que uma alteração tributária, a reforma representa uma mudança de paradigma na governança e no planejamento fiscal das organizações. As empresas que encararem o processo de forma estratégica tendem a se destacar em um ambiente econômico mais moderno, competitivo e transparente.

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