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terça-feira, 9 de julho de 2013

Pesquisa aponta queda na quantidade de contratações
   
Brasília

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 1,3% de maio para junho deste ano. O índice busca antecipar o comportamento do mercado de trabalho nos próximos meses, com base em entrevistas feitas com empresários dos setores de indústria e serviços, além de consumidores.

De acordo com nota da FGV, depois de avançar em maio, o resultado volta a cair (como ocorreu em abril), o que "sinaliza desaceleração do ritmo de contratações de mão de obra nos meses seguintes".

Os componentes que mais contribuíram para a queda do indicador foram a expectativa do empresário da indústria em relação às tendências dos negócios (que caiu 3,9%) e o grau de satisfação da indústria com a situação atual dos negócios (com redução de 3,1%).

Ao comentar o recuo de 1,3% do Indicador Antecedente de Emprego em junho, depois de um leve aumento em maio, o economista explicou que o mercado de trabalho, puxado principalmente pelo setor de serviços, tem contratado menos, porque os postos já estão ocupados e o contingente de pessoas à procura de emprego tem sido menor. O índice busca antecipar a tendência do cenário de trabalho nos próximos meses, com base em entrevistas com empresários da indústria e do setor de serviços, além de consumidores.

"O mercado de trabalho continua aquecido, apesar de a gente estar gerando menos vagas que antes, porque a gente gerou muito emprego, durante muito tempo, enquanto o desemprego era alto", disse. Segundo ele, manter um ritmo de contratação de 2,5 milhões de pessoas, como em 2010, é insustentável.

De acordo com o economista, o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que registrou abertura de 72 mil vagas em maio - alta de 0,18% em relação ao mês anterior - confirma o crescimento mais lento do mercado de trabalho, porém estável.

Para ampliar as contratações, acredita que a economia precisa ser alavancada. "Com inflação em aceleração, com previsão de aumento de juro, acho difícil", ponderou. Ele explicou que desoneração da folha de pagamento refletirá, no momento atual, em ganhos salariais, mas não em novas vagas.

Sobre a taxa de desemprego para junho, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o economista da FGV projeta uma pequena redução, para 5,7%. Nos meses anteriores, abril e maio, o indicador ficou em 5,8%.

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