O Conselheiro Tutelar eleito Douglas Pereira, foi o mais votado para atuar na margem esquerda do Paraíba,vencendo com folga o segundo mais votado para atuar no CT II.
Os votos surpreenderam:
"Muito trabalho ao longo de trinta dias e as urnas no proporcionam surpresas; Volta Redonda teve 25 Colégios eleitorais, no dia da eleição percorri alguns, consegui sentir uma positividade no ar. Ao mapear os votos foi possível observar uma votação considerável na parte nobre da cidade, pra mim foi surpreendente, já que meu trabalho é desenvolvido na periferia do município."
Os Conselheiros são eleitos pela sociedade para serem os guardiões do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os membros de cada CT atendem menores em situação de violação de direitos. É de prerrogativa do cargo requisitar serviços tais como: certidões de nascimento,de óbito de criança ou de adolescente quando necessário, vagas em colégios e em hospitais, além de assessorar o Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente.
"Temos que tratar nossas crianças e adolescentes como prioridade absoluta, hoje, o cargo de Conselheiro é imprescindível para que os direitos de nossas crianças e adolescentes sejam garantidos, mas esse trabalho é invisível aos olhos da sociedade. Quem está no poder não tem o interesse em fazer debate, a exposição ao longo do período de campanha foi super bacana, pois pude desconstruir o bicho papão chamado Conselho Tutelar. A sociedade olha o conselho como um instrumento coercitivo do Estado e que veio para tirar a autoridade de pai e mãe. Pelo contrário. Somos um órgão autônomo de auxílio às famílias. A desinformação e o medo inserido na cabeça das pessoas, cria uma barreira dificultando a relação."
Conselho Tutelar próximo da população:
Sua campanha foi pautada no diálogo. Ao longo da campanha foi possível observar que o conselheiro eleito quer aproximar o trabalho dos Conselhos Tutelares da população. De acordo com o Douglas Pereira o melhor caminho é através das escolas e das instituições socioassistenciais, buscando construir uma rede de proteção forte.
Infelizmente nossas crianças e adolescentes não são levados a sério. As políticas públicas segmentadas, são praticamente inexistentes. Se não receberem a devida atenção, uma fala de Darcy Ribeiro, em 1982 estará mais em evidência: “faltará dinheiro para construir presídios”
A população tem que ser mais participativa e compreender que ela faz parte da rede de proteção. É preciso olhar para a criança e adolescente como um ser em desenvolvimento. Caso contrário continuaremos a sepultar e encarcerar nossos jovens.
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