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MPRJ cumpre mandados de busca e apreensão contra policiais do 28º BPM

MPRJ cumpre mandados de busca e apreensão contra policiais do 28º BPM

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o auxílio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e em parceria com a Corregedoria da Polícia Militar, realiza nesta quinta-feira (17), o cumprimento de mandados de busca e apreensão em Volta Redonda e Barra Mansa, em endereços ligados a nove policiais militares denunciados à Justiça por associação criminosa e corrupção passiva. Além da busca e apreensão, o MPRJ obteve junto à Auditoria de Justiça Militar o afastamento de oito denunciados, todos integrantes do 28º Batalhão da PM, dos seus respectivos cargos.

As denúncias tiveram origem nas operações “Camará” e “Katitula”, ambas deflagradas pela Polícia Federal de Volta Redonda em parceria com o GAECO para apurar a existência de associação criminosa voltada para o tráfico de drogas em bairros da Comarca de Volta Redonda sob o domínio das facções criminosas Comando Vermelho e Terceiro Comando. No decorrer das investigações, apurou-se que os traficantes desempenhavam suas ações ilícitas diante da conivência de alguns policiais militares lotados no 28º BPM, que recebiam valores para não coibirem o comércio ilegal. Além disso, os mesmos policiais corruptos recebiam o pagamento de propina de traficantes ligados a facções criminosas, o que permitia a livre comercialização de drogas no Município de Volta Redonda.

De acordo com o MP, a partir de diálogos de voz e SMS interceptados nas operações da PF, verificou-se que policiais negociavam os pagamentos ilegais com os traficantes de drogas da região com recebimento de pagamento de propina para deixar de praticar atos de ofício, também obrigou traficantes da região, mediante ameaça com o emprego de arma, a lhe pagarem vantagens indevidas.

Além deles, policiais foram denunciados por recebimento de propina para não reprimir o comércio irregular de drogas e medicamentos sem registro no Mercado Popular de Barra Mansa. Eles também receberam propina para não efetuarem a prisão de um acusado, que foi abordado pelos policiais portando armas de grosso calibre, entorpecentes e outros objetos relacionados a atividades ilícitas.

Os policiais são acusados de fazerem parte de um grupo, denominado “C-20”, que se associou aos comerciantes de medicamentos não regulamentados para que os produtos pudessem ser vendidos, ilegalmente, no Mercado Popular de Barra Mansa, sem que houvesse repressão por parte dos policiais.

As investigações da PF foram encaminhadas à Auditoria Militar para processamento dos crimes militares.

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