Medida é preventiva e tem como objetivo orientar os 92 municípios sobre o manejo de aves silvestres após 3 casos no Espírito Santo
Devido aos casos de H5N1 identificados em três aves no estado do Espírito Santo, as Secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e Agricultura emitiram, nesta sexta-feira (19.05), uma nota técnica conjunta como medida preventiva aos 92 municípios fluminenses. O objetivo é orientar as equipes municipais para que o manejo de aves silvestres seja realizado somente por profissionais habilitados e com uso adequado de EPIs (equipamento de proteção individual).De acordo com técnicos de Vigilância em Saúde da SES-RJ, não há motivos para que haja preocupação com uma epidemia neste momento, pois não há sustentação científica de transmissão direta, de pessoa para pessoa.
No documento, as pastas alertam que a transmissão da gripe aviária ocorre por meio de contato direto com aves infectadas pelo vírus (vivas ou mortas); ou contato indireto por meio de objetos como sapatos, que acabam retendo e transportando organismos contaminados, superfícies, produtos ou dejetos (tais como ninhos, ovos, fezes ou urina, água contaminada com restos ou dejetos desses animais); ou que tenha visitado mercados/feiras com casos confirmados, sejam em aves ou em humanos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão direta (de pessoa para pessoa) não é sustentada.
A SES-RJ orienta ainda que, nas unidades de saúde, os profissionais suspeitem de casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com esses animais, tanto em triagem quanto em atendimento médico. Nesses casos, a coleta de amostras é recomendada independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser preconizado para obtenção dos resultados laboratoriais.
Espírito Santo registrou casos de aves silvestres afetadas
No Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) relatou a primeira detecção de influenza aviária no país no último dia 15 de maio. Trata-se de duas aves trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), um no município de Marataízes e outro no município de Vitória, ambos no litoral do Estado do Espírito Santo. Em 16 de maio, o MAPA relatou a identificação de uma terceira ave afetada, um atobá-pardo (Sula leucogaster) também no estado do Espírito Santo. Os casos foram detectados e reportados através do sistema de Vigilância de animais silvestres estabelecido no Brasil. A amostragem confirmou a Influenza aviária A (H5N1). Até o momento, não foram detectados surtos em aves de produção nem casos em humanos de infecção por Influenza aviária.
0 Comentários