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Com mais de 60% das vagas para jovens, Telesserviços é porta de entrada para o mercado formal

Com mais de 60% das vagas para jovens, Telesserviços é porta de entrada para o mercado formal

Com alta taxa de desemprego entre jovens, segmento se destaca pela inclusão, formação profissional e oportunidades de crescimento
Com mais de 60% das vagas para jovens, Telesserviços é porta de entrada para o mercado formal
Gabriel Nunes
São Paulo, agosto de 2025. Em um cenário onde o desemprego entre jovens de 18 a 24 anos ainda atinge 14,9% no Brasil, segundo dados mais recentes do IBGE, o setor de telesserviços se consolidou como uma das principais portas de entrada para o mercado de trabalho formal. Com ampla capilaridade, horários flexíveis e programas internos de capacitação, o segmento atrai jovens em busca de sua primeira experiência profissional e oferece oportunidades reais de crescimento.
 
“É um setor que acolhe, treina e aposta no potencial do jovem mesmo quando ele não tem experiência anterior”, afirma Gabriel Nunes, 27 anos, hoje colaborador da empresa Paschoalotto e representante da nova geração que enxerga no telesserviço um trampolim para a carreira.
Gabriel começou como operador de atendimento aos 18 anos, deixou a empresa um ano e meio depois por motivos pessoais. Trabalhou em mercados e outros setores, mas percebeu que a chance de crescimento não era a mesma. Quatro anos após seu retorno à Paschoalotto, ele segue na área e cursa faculdade de marketing, conciliando os estudos com a jornada de trabalho, algo possível graças à estrutura e à flexibilidade oferecidas pelo setor. 

“Nem sempre a imagem do setor corresponde à realidade. Aqui encontrei um ambiente que valoriza a diversidade e me ajudou a desenvolver minhas potencialidades”, reforça Gabriel.
Segundo a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), que representa as maiores empresas do setor, mais de 60% das contratações são destinadas a profissionais entre 18 e 24 anos. A atividade não exige experiência prévia e oferece treinamento completo ao novo colaborador. 

“Estamos falando de um setor que emprega cerca de 1,4 milhão de pessoas em todo o Brasil e que cumpre um papel social importante ao inserir jovens no mundo do trabalho formal, muitas vezes em sua primeira oportunidade”, afirma Gustavo Faria, diretor executivo da ABT. “Mais do que isso: é um setor que permite crescimento, formação técnica, acesso ao ensino e mobilidade social. A flexibilidade de turnos, aliada ao ambiente de aprendizagem contínua, permite que muitos jovens ingressem no ensino superior ou em cursos técnicos ao mesmo tempo em que constroem sua trajetória profissional.” 

Caminhos para a ascensão 

Outro exemplo de trajetória transformadora dentro do setor é o de Pedro Henrique Nascimento, de 23 anos, atualmente instrutor de treinamento pleno na empresa Atento, em São Paulo. Ele começou na companhia aos 19 anos como especialista bilíngue em uma operação com foco em soluções digitais. Com perfil comunicativo e experiência prévia como vendedor informal, Pedro rapidamente se destacou e foi promovido a consultor em poucos meses, até chegar ao cargo atual, onde treina turmas com até 30 pessoas.

Pedro também é músico e pesquisava muito sobre marketing digital e vendas, antes mesmo de ingressar na empresa, habilidades que aplicou para aprender melhor a “se vender” tanto na carreira artística quanto no trabalho. Desde 2022, também cursa faculdade de Publicidade e Propaganda. Com o apoio da empresa e uma rotina organizada, ele consegue equilibrar trabalho e educação formal, além de manter sua atuação como músico. “Entrei buscando uma renda, mas encontrei um caminho de desenvolvimento pessoal e profissional. Hoje tenho maturidade financeira e crescei como ser humano”, diz. “Trabalhar com o público mudou a forma como me comunico com todas as pessoas da minha vida. Fora que construí minha vida aqui: conheci minha namorada na empresa e estabeleci vínculos muito fortes com colegas e líderes.”

Para o futuro, Pedro vê no telesserviço uma plataforma sólida: “A estabilidade da carreira e a possibilidade de crescer internamente me atraem. Quero continuar evoluindo dentro do setor”, afirma.

Pedro Henrique Nascimento

Sobre a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT): 

Representante de um dos setores que mais empregam no Brasil, com cerca de 1,4 milhão de trabalhadores, a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), fundada em 1987, é pioneira em um mercado que impulsiona o crescimento do país. O segmento é um dos que mais contratam jovens, mulheres e negros, fomentando a diversidade em frentes distintas. Além de oferecer oportunidades de primeiro emprego, o setor apoia o crescimento profissional, por meio de convênios das organizações contratantes com instituições de Ensino Superior. A ABT reúne 19 empresas em 18 estados de todas as regiões do território nacional. Uma atividade que, com cada vez mais inovação e tecnologia, torna-se estratégica para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

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