/>
Após COP30, lendário navio do Greenpeace chega ao Rio de Janeiro

Após COP30, lendário navio do Greenpeace chega ao Rio de Janeiro

Embarcação Rainbow Warrior chega ao Rio para reverberar os resultados da COP30 com comunidades locais, pesquisadores e organizações da sociedade civil após passar por Belém e Recife;
 
 O lendário navio ativista do Greenpeace, o Rainbow Warrior, chega ao Rio de Janeiro na terça-feira (16) e ficará aberto para visitação pública gratuita no fim de semana (20 e 21/12).
Após COP30, lendário navio do Greenpeace chega ao Rio de Janeiro
Depois de uma intensa agenda na COP30, em Belém, o Rainbow Warrior, partiu em uma viagem pela costa brasileira para reverberar os resultados da Conferência do Clima e discutir a urgência de adaptar as cidades e populações costeiras, sob a ótica da justiça climática, para a nova realidade do clima. Antes de chegar ao Rio de Janeiro, a embarcação passou por Recife, capitais com infraestruturas urbanas frágeis e profundas desigualdades sociais e que enfrentam desafios semelhantes: enchentes frequentes, falta de saneamento básico e moradias precárias em áreas de alto risco.

A visitação no Rio permitirá que a população conheça de perto o navio, entenda seu papel nas campanhas do Greenpeace e interaja com a equipe da organização e membros da tripulação. O acesso do público será na Praça Mauá, no Centro da cidade, ao lado do Museu do Amanhã, no sábado, 20/12, e domingo, 21/12, das 9h às 16h.

Com a mensagem “Do morro ao mar, justiça climática pra quem resiste!”,  o navio do Greenpeace tem reverberado os resultados da COP30 e promovido discussões sobre justiça climática, soluções baseadas nas comunidades e a importância da defesa dos oceanos como um direito fundamental das populações mais afetadas pelas mudanças climáticas. No Rio de Janeiro, além dos dias de visitação abertos ao público, o navio promoverá encontros e diálogos (estes não serão abertos ao público) com organizações ambientais, cientistas e lideranças comunitárias.

“É inspirador chegar ao Rio após as passagens tão receptivas por Belém e Recife, lugares onde foi possível sentir a força e o acolhimento das pessoas. Do morro ao mar, o que move essa jornada do nosso ‘Guerreiro do Arco-Íris’ são as vozes das comunidades locais, é nelas que a justiça climática ganha sentido e se transforma em ação coletiva”, afirma a coordenadora de Justiça Climática do Greenpeace Brasil, Leilane Reis.

Histórico de proteção ao meio ambiente

O Rainbow Warrior é reconhecido mundialmente por participar de manifestações pacíficas, bloqueios e mobilizações em defesa do planeta, do Ártico à Amazônia. Desde sua inauguração, em 1978, tem cruzado mares e enfrentado ataques, sempre levando uma mensagem de esperança e mobilização por um mundo mais verde e justo.

Em 1985, o navio foi afundado por duas bombas lançadas pelo serviço secreto francês enquanto estava ancorado na Nova Zelândia. O Rainbow Warrior se preparava para liderar um protesto pacífico contra os testes nucleares realizados pela França no atol de Mururoa, no Oceano Pacífico. Em 1989, o Greenpeace lançou ao mar o sucessor do Rainbow Warrior, o Rainbow Warrior II, cuja primeira missão foi combater pescas predatórias na Europa - em agosto de 2011 ele foi doado como um barco-hospital para uma ONG de Bangladesh.

A geração atual do barco, o Rainbow Warrior III, foi construída pelo Greenpeace com a colaboração de mais de 100 mil doadores e conta com design personalizado.  A embarcação foi inaugurada em 14 de outubro de 2011, na celebração dos 40 anos do Greenpeace, e chegou à Amazônia brasileira em 2012 para dar visibilidade à campanha em defesa do Desmatamento Zero.

 Alguns destaques da trajetória do Rainbow Warrior:

    A construção da versão mais recente da embarcação, o Rainbow Warrior III, foi feita com design personalizado. Por ser um barco a vela, o Rainbow Warrior utiliza o vento para se deslocar sempre que possível, reduzindo consideravelmente o uso de combustível fóssil.

    Entre as ações emblemáticas, o navio participou de operações de auxílio em territórios impactados por testes nucleares nas Ilhas Marshall, em 1985;

    Também tem atuado contra a pesca industrial predatória, documentando apreensões de equipamentos ilegais e salvando espécies marinhas ameaçadas (junho de 2025), e em ações de bloqueio a plataformas de petróleo;

    A tripulação foi detida na Coreia do Sul após protesto pacífico contra carregamento de plásticos tóxicos, em novembro de 2024 - os ativistas só foram liberados em junho de 2025.

Postar um comentário

0 Comentários

Close Menu