Golpes financeiros continuam em alta no país e exigem atenção redobrada dos consumidores

Fraudes eletrônicas seguem crescendo e ampliam o risco para usuários de canais digitais. Especialista orienta sobre práticas essenciais de segurança

O número de golpes financeiros no país tem aumentado de forma expressiva e preocupa instituições e consumidores. Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as perdas com fraudes eletrônicas somaram R$ 10,1 bilhões em 2024, alta de 17% em relação ao ano anterior. O Banco Central também registrou crescimento nas ocorrências envolvendo o Pix, com média de 390 mil notificações mensais ao longo do último ano.

Entre os métodos mais utilizados por golpistas estão mensagens falsas enviadas por aplicativos de conversa, contatos que se passam por atendentes de instituições financeiras e links maliciosos que levam o usuário a páginas falsas. A combinação entre pressa, confiança e falta de verificação facilita a ação de criminosos no ambiente digital.

Diante desse cenário, a CredCrea tem reforçado as orientações de segurança para os cooperados, com foco na prevenção e no uso seguro dos canais digitais. A Cooperativa ressalta que nunca solicita senhas, códigos, confirmações de dados ou qualquer informação sensível por telefone, WhatsApp, SMS ou e-mail.

Para Ruilon Pessoa de Oliveira, coordenador de Risco e Controles da CredCrea, a atenção permanece como a principal ferramenta de proteção. “Os golpistas estão cada vez mais sofisticados e exploram a confiança das pessoas com mensagens que parecem verdadeiras. A melhor defesa é a atenção: nunca compartilhar códigos, senhas ou confirmar dados por telefone, SMS ou WhatsApp. A CredCrea jamais solicita informações sensíveis fora dos canais oficiais”, destaca.

Recomendações para fortalecer a segurança digital

As orientações incluem nunca compartilhar códigos ou senhas, desconfiar de mensagens que pedem urgência, verificar a origem de links enviados por aplicativos, confirmar informações exclusivamente pelos canais oficiais, ativar a autenticação em dois fatores e manter aplicativos e sistema operacional atualizados. Erros de português, números desconhecidos, abordagens insistentes e perfis não verificados também são sinais de alerta.

Rui observa ainda que, em caso de dúvida ou suspeita de tentativa de golpe, o cliente da instituição financeira deve entrar em contato pelos canais oficiais como aplicativo, site e SAC. “Informação confiável e verificada permanece como o principal ponto de partida para uma navegação digital segura” conclui.