Rádio Acesa FM VR: Sindpass responsabiliza sindicato por paralisação na VSF

domingo, 7 de julho de 2013

Sindpass responsabiliza sindicato por paralisação na VSF

O Sindpass (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros) responsabilizou o Sindicato dos Rodoviários de Volta Redonda e região pela paralisação que afetou a operação da Viação Sul Fluminense nesta sexta-feira. Os carros da empresa, que respondem por mais de 70% do transporte coletivo municipal (são cerca de 30 mil passageiros por dia, incluindo as linhas intermunicipais), só saíram para as ruas às 10 horas da manhã, quando costumeiramente costumam deixar a garagem por volta das 4 horas da madrugada.

O gerente geral José Luiz Cotrin disse que tanto o Sindpass quanto a empresa de ônibus foram surpreendidos com a greve. Ele confirmou que o sindicato dos patrões e a viação receberam nesta sexta-feira um pedido de esclarecimentos da Suser (Superintendência de Serviços Rodoviários), autarquia responsável pela fiscalização do transporte coletivo em Volta Redonda, um pedido de esclarecimentos.
“Vamos comunicar às autoridades a responsabilidade das lideranças do movimento. Não foram a empresa que fez greve”, disse Cotrin. Ele disse que esteve na porta da garagem da empresa, na Voldac, e assistiu os dirigentes do sindicato, como o presidente José Gama, o Zequinha, no alto de caminhão de som que foi usado para bloquear a saída dos ônibus.

Ele afirmou que, realmente, as empresas, em reunião no Sindpass, decidiram fazer o pagamento da diferença salarial, depois do acordo coletivo assinado em 13 de junho (a data base é 1º de março) de forma parcelada, porque tiveram o caixa afetado em consequência das reduções de tarifas nos municípios da região, depois das manifestações populares da última quinzena do mês passado.
Como a primeira parcela da diferença está sendo paga nesta sexta, o gerente geral do Sindpass disse ainda que levaria para a negociação a proposta de pagar o restante em apenas uma vez, em vez de duas, mas que a condição para discutir o assunto seria a imediata liberação dos ônibus, o que não teria sido aceito pela direção do sindicato.

- O Sindpass está aberto a negociar, mas a condição é que não haja paralisação dos serviços. Não houve a negociação em razão da intransigência do sindicato. O transporte coletivo é um serviço público essencial – afirmou.

Ele negou informações prestadas por Zequinha de que teria havido alguma outra proposta, como a de se pagar a segunda parcela no próximo dia 20 e a terceira no mês de agosto. “Não houve porque qualquer outra proposta teria que ser discutida pela direção do Sindpass com a empresa”, afirmou Cotrin, acrescentando: “Diante do quadro (a negativa de liberar os ônibus antes das 10 horas), está tudo suspenso”.

Antes da coletiva do executivo do Sindpass, Zequinha disse que, se até a próxima terça-feira não houver uma solução para o impasse, o Sindicato dos Rodoviários inicia os procedimentos para uma paralisação da categoria. Sobre a ameaça, Cotrin respondeu: “Se for desta forma aí é que não tem negociação mesmo”.

O gerente do Sindpass disse que não comentaria a declaração do presidente dos rodoviários de que a instituição denunciou ao Ministério Público do Trabalho o Sindpass e a Sul Fluminense pelo não cumprimento do acordo coletivo. “Não vou comentar porque não tive nenhuma notificação”, retrucou Cotrin, frisando várias vezes que, mesmo com a redução do valor das passagens, as empresas mantiveram o reajuste acordo de 10% no reajuste salarial e de 25% nas cestas básicas.

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