De acordo com o relatório da Polícia Federal, os indícios e provas colhidos ao longo da operação, iniciada em 17 de março, indicam pela existência de uma organização criminosa atuante dentro da estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tanto no estado do Paraná como em Goiás e Minas Gerais.
Donos de empresas pagaram propinas a servidores públicos para liberar certificados de segurança alimentar de produtos agropecuários. Em troca de vantagens, eles fingiam não ver produtos vencidos e adição de substâncias cancerígenas colocadas para dar uma aparência saudável a carnes estragadas.
Entre os envolvidos estão médicos veterinários, agentes de inspeção sanitária, fiscais federais agropecuários, além de diretores, funcionários e sócios de empresas de produtos alimentícios.
Todos vão responder por crimes contra a ordem econômica, emprego de substância não permitida para maquiar produtos alimentícios vencidos, falsidade de atestado médico, corrupção, organização criminosa, peculato e uso de documento falso.
De acordo com o delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo, que determinou o indiciamento, os crimes atingem diretamente a saúde pública, tanto pela omissão dos que deveriam fiscalizar, quanto pelos interesses em aumentar lucros, por parte dos empresários do setor.
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