Durante almoço em uma churrascaria em Brasília, que contou com a presença de ministros e cantores sertanejos como Amado Batista, Sorocaba e Nayara Azevedo, Bolsonaro mencionou o assunto aos gritos, de forma chula e ainda mais agressiva do que o habitual. "Vai pra puta que o pariu, rapaz. Imprensa de merda. (...) É para encher o rabo de vocês da imprensa essas latas de leite condensado", vociferou.
A reportagem do Metrópoles se baseou em levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do portal. Segundo a reportagem, todos os órgãos do Executivo pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos, valor 20% superior ao pago em 2019.
O órgão que recebeu maior valor em compras é o Ministério da Defesa: foram cerca de R$ 632 milhões. Em segundo e terceiro lugar, ficaram o Ministério da Educação, com gasto estimado em R$ 60 milhões, e o Ministério da Justiça, com R$ 2 milhões em compras.
Alguns desses gastos geraram forte repercussão nas redes sociais, como a compra de R$ 15 milhões em leite condensado e de R$ 2,2 milhões em chicletes.
Além dos pedidos de abertura de CPI, a reportagem do Metrópoles resultou em representações assinadas pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-ES) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e pelos deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES). Nelas os parlamentares pedem ao Tribunal de Contas da União (TCU) a abertura de uma investigação sobre os gastos com comida do governo federal em 2020.
Após a repercussão do caso, o portal da transparência, que reúne dados sobre gastos do governo federal, registrou um alto número de acessos e chegou a ficar fora do ar.
Em nota a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que o portal da transparência "recebeu um volume de acessos muito grande, e fora do habitual, na tarde desta terça-feira, dia 26/1, o que gerou uma lentidão expressiva nas consultas feitas pelos usuários".
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