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Bolsonaro tenta romper tornozeleira e acaba preso

Bolsonaro tenta romper tornozeleira e acaba preso

Bolsonaro tenta romper tornozeleira e acaba preso
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado, 22 de novembro, por agentes da Polícia Federal (PF). A decisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na decisão, Moraes afirma que houve tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica às 00h08 deste sábado (22).

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentar um golpe de Estado. Bolsonaro já estava preso em casa, em um condomínio de alto padrão de Brasília. A PF, então, pediu nesta sexta ao STF que convertesse a prisão domiciliar em prisão preventiva, com recolhimento cautelar na superintendência da PF.

Na decisão de Moraes, é dito que o local é “seguro e controlado, nos poucos dias que restam até o trânsito em julgado e a decisão final quanto ao cumprimento de pena, de maneira a preservar a ordem pública e a segurança de todos os envolvidos”.

A PF sustenta que havia adoção de estratégia para possibilitar a fuga de Bolsonaro. O motivo foi a vigília convocada pelo filho dele, o senador Flávio Bolsonaro, na frente do condomínio onde o ex-presidente está preso. A convocação foi feita por vídeo em redes sociais. O ato começaria neste sábado, às 19h.

    “Você vai lutar pelo seu país ou assistir tudo do celular aí do sofá da sua casa? Te convido a lutar com a gente”, diz Flávio Bolsonaro no vídeo.

A PF argumenta que a vigília pode ganhar grande dimensão e se estender por muitos dias, com consequências imprevisíveis. Para a polícia, isso poderia exigir o emprego de medidas coercitivas que colocariam em risco a segurança de moradores do condomínio e imediações, além dos próprios apoiadores de Bolsonaro. O tumulto também poderia criar um ambiente que facilitasse uma fuga.
"Caráter beligerante"

Alexandre de Moraes afirma que o vídeo de Flávio Bolsonaro revela “caráter beligerante”, ou seja, de guerra, em relação ao Poder Judiciário. E afirma que o modus operandi da organização criminosa liderada por Jair Bolsonaro é usar manifestações populares com o objetivo de conseguir vantagens pessoais.

Ele também afirma que o condomínio fica a 15 minutos de carro da Embaixada dos Estados Unidos.

    “O desrespeito à Constituição Federal, à Democracia e ao Poder Judiciário permanece por parte da organização criminosa”, diz Moraes na decisão. 

A fuga de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também é citada. Ele escapou para Miami, nos Estados Unidos, depois de ser condenado junto com Bolsonaro e outros sete réus. 

Até mesmo Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro são mencionados como exemplos de aliados que fugiram do país para evitar sanções penais.
Audiência de custódia

A audiência de custódia será realizada neste domingo, às 12h, por videoconferência.

Todas as visitas autorizadas foram canceladas e novos pedidos terão se passar previamente pelo crivo do STF, com exceção da defesa.

Moraes também solicitou convocação de sessão extraordinária da Primeira Turma do STF para segunda-feira, com o objetivo de analisar a decisão individual da prisão preventiva de Jair Bolsonaro.

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